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Nunes entrega ônibus elétricos e indica que tarifa não subirá em 2024

Ricardo Nunes afirmou que precisa aumentar número de passageiros nos coletivos da cidade e prometeu 600 ônibus elétricos até dezembro

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de camisa azul e calça jeans, dentro de um ônibus. Ele faz sinal de positivo para alguém fora do ônibus - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de camisa azul e calça jeans, dentro de um ônibus. Ele faz sinal de positivo para alguém fora do ônibus - Metrópoles - Foto: Bruno Ribeiro/Metrópoles

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) sinalizou, nesta segunda-feira (18/9), durante uma cerimônia para entrega de 50 ônibus elétricos na capital, que pode não subir a tarifa do transporte coletivo no ano que vem, quando deve tentar a reeleição.

Segundo o prefeito, os ônibus da cidade ainda não recuperaram o número de passageiros que tinham antes da pandemia (eram 9 milhões de pessoas, agora são 7 milhões) e uma tarifa mais acessível faz parte da equação para reverter o cenário.

Porém, há tratativas a serem feitas com o governo do estado, que controla as frotas de trens e ônibus, antes de decidir pela manutenção da tarifa atual, de R$ 4,40.

“Não tenho ainda como falar se a gente vai ter correção ou não da tarifa para o ano que vem. Isso depende de uma série de questões, inclusive de conversas com o Metrô e a CPTM, porque nós temos o sistema de transporte integrado por conta do bilhete único. Então, ainda não tenho essa resposta para te dar. Eu continuo precisando incentivar o transporte coletivo. Fazer com que o transporte coletivo seja mais utilizado”.

Nunes disse ainda que deve receber nesta semana a etapa final dos estudos feitos pela Prefeitura para viabilizar a tarifa zero na rede de ônibus, proposta que o prefeito aventou no ano passado. Os gastos da cidade para subsidiar a frota neste ano devem chegar a R$ 5,8 bilhões, de acordo com o chefe da administração municipal.

Mais ônibus elétricos

Nunes deu as declarações sobre a tarifa em um evento da Praça Charles Miller que reuniu operadores de ônibus e empresários representantes de companhias envolvidas na fabricação de ônibus elétricos.

Os 50 veículos que foram apresentados, que começam a operar nesta segunda-feira (18/9), foram adquiridos pelas empresas Transwolff, Transpass, Ambiental e Campo Belo, em sistema de comodato com a empresa Enel-X, braço da empresa de energia elétrica.

A Prefeitura de São Paulo vai pagar, para essas empresas, um valor por passageiro cerca de 15% maior do que o que paga para ônibus comuns, como forma de custear o investimento total feito na aquisição dos ônibus, R$ 160 milhões.

Nunes afirmou que a cidade deve ter 600 ônibus elétricos em circulação até o ano que vem e que sua meta é chegar a 2.400 veículos do tipo até o fim do ano que vem, ou 20% da frota da cidade.

Os veículos são adquiridos pelas companhias de ônibus da cidade. Todas as empresas já fizeram encomendas de coletivos não poluentes, chegando ao total de 2.292 ônibus já encomendados.

Nunes vem defendendo que os bancos federais ou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tenham linhas específicas para a aquisição de coletivos não poluentes, dado que o preços desses veículos é mais caro. O coletivo elétrico tem preço estimado em cerca de R$ 2,6 milhões, contra R$ 1 milhão do coletivo comum.

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