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Nunes diz que, se pudesse, pediria que Cracolândia ficasse “bem longe”

Ricardo Nunes disse que gostaria de pedir para usuários irem para “bem longe” ao comentar movimentação do fluxo da Cracolândia no centro

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Imagem colorida de Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de jaqueta e camisa azul, durante entrevista - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de jaqueta e camisa azul, durante entrevista - Metrópoles - Foto: Reprodução/YouTube

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou, nesta sexta-feira (10/11), que, se pudesse, gostaria de pedir aos usuários de crack que formam a Cracolândia, no centro da cidade, fossem para “bem longe”.

O chamado fluxo de usuários migrou para a porta da Estação da Luz, no centro, na quarta-feira (8/11), o que resultou em um protesto de moradores de ocupações da área para que eles deixassem o local — o que ocorreu na quinta (9/11).

Nunes foi questionado sobre as mudanças de endereço. Segundo os usuários, elas acontecem a pedido da Prefeitura. Segundo o prefeito, sua gestão não determina para onde o fluxo pode ir, mas indica locais onde não podem ficar.

“Para onde eles vão, a gente não tem como determinar, definir ‘vai para cá ou vai para lá’. Até porque, se eu tivesse forma de fazer isso, vou ser muito sincero com você, eu pediria que eles ficassem em um local bem longe de gerar incomodidade para as pessoas. Porque eles estão em uma condição de uso de dependência química e gerando incômodo para milhares de pessoas”, disse Nunes.

Após a frase, o prefeito ressaltou que 2 mil pessoas com dependência química estão em tratamento médico na cidade e que as cerca de 1.200 pessoas que estão no fluxo poderiam se tratar, caso quisessem, porque há vagas, de acordo com Nunes. Neste contexto, ele refez a frase. “O que a gente tem é o acompanhamento. Eu queria falar: se eu pudesse falar para onde eles vão, eu diria que é o tratamento”.

Nunes disse que acompanha a movimentação do fluxo diariamente e que tem monitores em sua sala mostrando o local em tempo real. Mas confessou que, especificamente nesta semana, por causa do apagão ocorrido após a tempestade com ventos que atingiu a cidade na sexta-feira passada (3/11), não pôde dar a mesma atenção ao tema.

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Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
Guardas municipais observam movimento de dependentes químicos em cruzamento da Rua dos Protestantes com a Rua dos Gusmões, na Cracolândia
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Após um grupo de usuários de crack promover arrastões a lojas na Rua Santa Ifigênia, na semana passada, o fluxo se mudou para os arredores na Estação da Luz. Na terça (7/11), usuários chegaram a invadir um portão lateral da estação e entraram em confronto com seguranças.

Na quinta (9/11), moradores do entorno da estação foram até as imediações do fluxo e fizeram um protesto para que o grupo deixasse o local. O fluxo, nesta sexta, em uma manhã com aparente tranquilidade, ficou concentrado em outro ponto da região, a Rua dos Protestantes.

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