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Nunes diz que ação da PF não prejudica aliança eleitoral com Bolsonaro

Ricardo Nunes, que conta com o apoio de Jair Bolsonaro nas eleições, afirma achar que operação não o prejudica; Tarcísio não comenta

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Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, de camisa branca, batendo palma sentado e sorrindo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, de camisa branca, batendo palma sentado e sorrindo - Metrópoles - Foto: Francisco Cepeda / Governo do Estado de SP

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou, nesta segunda-feira (29/1), não acreditar que a operação deflagrada pela Polícia Federal contra o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos), no âmbito das investigações sobre a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Jair Bolsonaro (PL), pode prejudicá-lo nas eleições deste ano.

Nunes conta com o apoio de Bolsonaro na disputa contra Guilherme Boulos (PSol), que tem apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e se reuniu para tratar de indicações a vice com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, na manhã desta segunda.

Em uma entrevista coletiva concedida ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos), no fim da manhã, Nunes foi perguntado se avaliava poder haver prejuízos eleitorais para ele por causa da operação. Sem se alongar, ele respondeu apenas que achava que não e disse que não tinha detalhes da operação.

Ao ser informado pelos jornalistas que policiais federais haviam cumprido mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Carlos Bolsonaro no Rio de Janeiro, o prefeito manteve a avaliação inicial.

Já Tarcísio, que foi ministro da gestão Bolsonaro, optou por responder que não comentaria o caso.

Na reunião que havia tido com Valdemar, Nunes recebeu do presidente do PL uma relação com nomes de possíveis candidatos a vice para sua chapa, que deve disputar a reeleição para a Prefeitura em outubro.

O principal indicado é o policial militar da reserva Ricardo Mello Araújo, ex-comandante da Rota. Na gestão Bolsonaro, Mello Araújo presidiu a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O órgão, que é federal, se transformou em um enclave de apoiadores de Bolsonaro durante o governo de João Doria em São Paulo.

Doria e Bolsonaro atuaram como antagonistas, especialmente em pontos como o combate à pandemia de Covid.

Embora Nunes venha dizendo, desde o fim de 2022, que quer o apoio de Bolsonaro para as eleições, a confirmação da aliança só se deu por meio de Valdemar, que atua como interlocutor entre o prefeito e o ex-presidente. Bolsonaro ainda não disse publicamente que apoiará o prefeito.

Segundo aliados, uma das principais razões para o prefeito buscar o apoio do ex-presidente é tentar evitar que outro candidato receba o apoio do Bolsonaro e possa crescer nas eleições a ponto de colocar em risco a ida do prefeito ao segundo turno das eleições.

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