metropoles.com

Nunes demite guarda-civil que quebrou a mão da mulher durante agressão

Prefeito Ricardo Nunes oficializou demissão do guarda após entender que agressão foi infração disciplinar; briga foi porque filha não dormia

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Fábio Vieira/Metrópoles
Fotografia colorida de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, discursando ao microfone - Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida de Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, discursando ao microfone - Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) demitiu o guarda-civil Sedeci Ferreira Neves, de 40 anos, com base em um processo disciplinar aberto após o registro de um caso de violência doméstica ocorrido em março de 2021. Neves trabalhava na Inspetoria da Câmara Municipal e foi acusado de agressão contra uma mulher. A demissão foi publicada nesta quinta-feira (6/4) no Diário Oficial.

O processo foi aberto pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) depois de sua ex-companheira, uma auxiliar de dentista de 28 anos, registrar um boletim de ocorrência de agressão.

Em 27 de março de 2021, segundo informações da Polícia Civil, o casal estava na casa de Neves com a filha deles e uma amiga da vítima, vendo TV e bebendo vinho.

Eles já eram separados, mas a mãe da criança havia decidido “dar uma chance” ao guarda após pedir que ele fizesse tratamento psicológico para lidar com a agressividade, segundo informações da polícia.

Entretanto, Neves teria falado com a filha de uma forma que desagradou a mãe, porque a criança não queria dormir, e os dois começaram a brigar. O guarda, segundo a vítima, a empurrou e começou a dar socos em sua cara. Na hora, ela tentou se defender com as mãos.

Um exame médico posterior constatou que ela teve o osso trapezóide da mão direta quebrado.

No depoimento à polícia, Neves negou que tivesse agredido a mulher e afirmou não saber porque sua mão estava quebrada.

Mas a delegada Camilla dos Santos Serrano Mota, que registrou o crime na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) da cidade, na zona sul, pediu a prisão preventiva do guarda, que foi concedida.

Seis meses depois, já em liberdade, em uma audiência na Corregedoria da GCM, o guarda ele manteve a versão de que não havia batido na companheira.

Em agosto do ano passado, a juíza Andreza Maria Arnoni, da Vara Regional Sul 1 de Violência Doméstica da capital, condenou o guarda à pena de um ano e três meses de detenção, em regime aberto, pelo crime de lesão corporal.

Inquérito interno

Ao longo da apuração interna, a GCM descobriu que havia outros três registros de violência envolvendo o guarda. Dois eram contra a mãe de sua filha e um era contra outra mulher.

A lei que institui o regulamento disciplinar da guarda tem uma série de artigos para determinar que os membros da corporação tenham uma vida pública e privada proba, e determina que o cometimento de crimes pode se configurar uma infração grave, passível de demissão.

Esse foi o entendimento da Corregedoria da CGM, que decidiu pela demissão de Neves. Mas decisões assim têm de ser tomadas apenas pelo prefeito, segundo a legislação municipal.

O processo foi concluído em 20 de março e encaminhado ao prefeito, que assinou a demissão nessa quarta (5/4), no começo da tarde.

O Metrópoles tenta conta com o advogado de Neves. O espaço segue aberto para manifestações.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?