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Nunes critica promotora que paralisou obra na Billings: “Desinformada”

Ricardo Nunes disse que promotoria que barrou aterramento de parte da represa Billings para duplicação de estrada “não conhece a realidade”

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Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de perfil, falando ao microfone, em um púlpito no palco da sala São Paulo, espaço com paredes de madeira - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco, de barba e cabelo pretos, de perfil, falando ao microfone, em um púlpito no palco da sala São Paulo, espaço com paredes de madeira - Metrópoles - Foto: Marcelo S. Camargo / Governo do Estado de SP

São Paulo – O prefeito da capotal, Ricardo Nunes (MDB), fez, nesta sexta-feira (20/10), ataques à promotora de Justiça do Meio Ambiente Maria Gabriela Ahualli Steinberg, autora da ação judicial que paralisou provisoriamente as obras de duplicação da Estrada do Alvarenga, na zona sul da cidade.

A obra foi paralisada por decisão do juiz Evandro Carlos de Oliveira, da 7ª Vara da Fazenda Pública, após pedido de Maria Gabriela. Ela apontou que a construção estava aterrando uma parte da represa Billings e que o serviço não possuía licenciamento ambiental.

Sem citar nominalmente a promotora, Nunes afirmou que esse tipo de obra “não precisaria de licença ambiental” com base no Código Florestal. Ao tratar o caso, porém, o prefeito poupou o juiz das críticas.

“As pessoas precisam ir lá entender o interesse da população”, disse o prefeito. “O que a gente está fazendo é, na verdade, para preservar a represa Billings. Bem diferente do que, infelizmente, uma integrante do Ministério Público, desinformada, sem conhecer a realidade da população, acabou colocando e, me parece, induzindo o juiz ao erro”, completou Nunes.

A duplicação da Estrada do Alvarenga, que percorre o bairro da Pedreira, na zona sul, até a divisa da capital com a cidade de Diadema, criaria uma pista auxiliar de 500 metros para o pesado trânsito da região. O serviço teve início em abril e estava previsto para terminar em junho de 2024, antes das próximas eleições.

A Prefeitura foi notificada nesta quinta-feira (19/10) da decisão, dada em caráter liminar (provisória) pelo juiz, e deve recorrer.

Por nota, a gestão do prefeito Ricardo Nunes informou que as obras, estimadas em R$ 200 milhões, não incluem somente a duplicação da Estrada do Alvarenga, mas “um conjunto de intervenções na região e vão beneficiar mais de oito mil famílias”.

Ainda segundo a administração, “estão previstas obras de urbanização das áreas Guaicuri, Jardim Apurá, Morro dos Macacos e Jardim Primavera, incluindo esta obra paralisada da Estrada do Alvarenga”.

“Vale ressaltar que o Programa Mananciais tem como premissa prioritária, em todas as suas intervenções, a mitigação e erradicação de riscos para a população das áreas de mananciais”, diz o texto.

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