Nunes critica Justiça Eleitoral por “demora” em conter Pablo Marçal
Prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que “gasta bastante recurso” com a Justiça Eleitoral e cobrou “ação preventiva” contra influencer
atualizado
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São Paulo — Em meio a pressões de aliados bolsonaristas para que reaja de maneira mais efetiva nas redes sociais diante da ofensiva do adversário Pablo Marçal (PRTB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) cobrou, nesta terça-feira (20/8), uma postura mais efetiva para conter excessos do influencer.
“Acho que a gente gasta bastante recurso do dinheiro público com a Justiça Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral, o Supremo, o tribunal estadual. Era importante [a Justiça] ter uma ação mais preventiva. Porque, depois que está feito, é aquilo que falei: pega uma folha, corta em mil pedacinhos, sobe no alto de um prédio e solta. Como você junta depois? É como a honra das pessoas”, disse o prefeito.
A afirmação foi feita durante uma visita de Nunes a obras da Secretaria Municipal da Saúde no Carandiru, zona norte da cidade, após Nunes ser questionado sobre o pedido de impugnação da candidatura de Marçal, feito pelo Ministério Público Eleitoral.
O pedido, contudo, não se refere a acusações de propagação de desinformação pelo candidato, mas, sim, ao uso de uma estrutura para produzir e difundir vídeos do candidato, os chamados “cortes”, feito por colaboradores sem vínculo formal com a campanha e pagos com dinheiro não declarado à Justiça.
“Eu até acho que você deveria ter representantes do Tribunal Regional Eleitoral nos debates. Porque, nos debates, você vai ter ali a pessoa fazendo a verificação daquilo que tem sido fake news, daquilo que é verdade, daquilo que é mentira, do respeito das pessoas. Porque nós somos adversários, não somos inimigos”, ressaltou o prefeito.
“É natural que você tenha um candidato ou outro com uma forma mais agressiva de falar, alguns mais contundentes, outros mais ponderados, mas nada disso pode ultrapassar a questão de você falar a verdade.”