Nunes condena bloqueio do X e Boulos defende: “A lei foi cumprida”
Nunes e Boulos apresentaram posicionamentos opostos em relação à determinação do STF para bloqueio do X, antigo Twitter, no Brasil
atualizado
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São Paulo – Dois dos candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos à Prefeitura da capital paulista, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), apresentaram, neste sábado (31/8), posicionamentos opostos em relação ao bloqueio da rede social X, antigo Twitter, no Brasil.
Apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Nunes adotou um tom próximo ao utilizado pelos bolsonaristas para criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a classificou como “censura”.
“A censura é sempre algo que vai em desencontro à nossa democracia. O Brasil vira agora o sétimo colocado em uma lista de países que acabaram excluindo o X. Não podemos concordar de forma nenhuma, a gente preza pela democracia e pela liberdade de expressão”, disse o prefeito em agenda de campanha.
Já Boulos, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse que o país “não é terra sem lei” e mencionou o fato de apoiar, enquanto parlamentar, o PL das Fake News, que propõe a regulamentação das redes sociais e está travado na Câmara dos Deputados por decisão do presidente Arthur Lira (PP-AL).
Durante agenda com motoristas de aplicativo, para os quais prometeu oferecer infraestrutura para atuar na cidade, Boulos chamou o empresário Elon Musk, dono do X, de “alucinado de extrema direita”.
“Uma grande corporação, uma big tech, ainda mais uma presidida por um alucinado de extrema direita como Elon Musk, não está acima das leis brasileiras. A lei foi cumprida”, declarou o psolista.