Nunes afirma contar com apoio do PL para as eleições: “Crise, não tem”
Prefeito Ricardo Nunes diz que deve contar com o apoio do PL, partido de Bolsonaro, para campanha de 2024 e diz não ter crise com o partido
atualizado
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São Paulo – O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), disse neste domingo (10/9), durante coletiva sobre o festival The Town, que conta com o apoio do PL a seu governo e que não há uma crise com a legenda, embora aliados de Jair Bolsonaro, que é do partido, tenham passado a defender que o ex-presidente apoie um outro nome para a Prefeitura no ano que vem.
“Qualquer um pode querer ser candidato. Agora, crise (com o PL) não tem. Eu sempre falei de uma forma muito transparente que é importante a gente ter uma união do centro, que é o campo em que eu atuo, com a direita, para que o centro e a direita possam vencer a extrema esquerda, que é um risco para a cidade, alguém que prega a desordem”, disse Nunes.
“O que eu tenho escutado do presidente municipal do PL de São Paulo (vereador Isac Félix), é que o PL estará comigo. De que a gente está fazendo um trabalho importante para a cidade. O que eu tenho escutado do presidente nacional do PL (Valdemar Costa Neto) é a mesma coisa”, afirmou.
A extrema esquerda citada por Nunes é uma referência ao deputado federal Guilherme Boulos (PSol), coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Desde a semana passada, quando aliados do ex-presidente como o advogado e ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarter passaram a criticar Nunes de forma mais contundente, Nunes subiu o tom das críticas contra Boulos, pedindo um voto útil nele para vencer o candidato do PSol.
Na entrevista, o prefeito lembrou que, independentemente do apoio formal do ex-presidente, o PL já o apoia e faz parte de seu governo (controla a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente) e que a sigla fez parte da coligação que elegeu Bruno Covas em 2020.
Semana de indefinições
Nunes vem tentando desde o começo do ano se aproximar do ex-presidente Jair Bolsonaro e obter dele uma declaração formal de apoio à sua reeleição, em uma estratégia que busca evitar o o bolsonarismo lance uma candidatura própria na capital.
Este apoio não veio ainda, segundo aliados, por causa da hesitação de Nunes em atender demandas do grupo do ex-presidente, que queria nomear indicados para compor o governo e uma posição do prefeito mais alinhada às bandeiras do bolsonarismo.
Na semana passada, durante uma palestra para alunos da Faap, em Higienópolis, no centro de São Paulo, o prefeito disse que não tinha proximidade com Bolsonaro.
A partir daí, o prefeito passou a ser alvo de indiretas de Wajngarten e até de um ataque feito por Carlos Bolsonaro nas redes sociais.