metropoles.com

Nunes diz que vai aderir às escolas cívico-militares na rede municipal

Ricardo Nunes confirmou ao Metrópoles que a cidade vai aderir ao projeto, mas disse ainda não saber quantas escolas serão militarizadas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Michelle Bolsonaro O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes
1 de 1 Michelle Bolsonaro O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes - Foto: Divulgação

São Paulo – O prefeito Ricardo Nunes (MDB) confirmou que a rede municipal de ensino de São Paulo vai aderir ao Programa Escola Cívico-Militar. O projeto que autoriza a militarização de colégios estaduais e municipais foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na última terça-feira (21/5), em uma sessão conturbada.

Ao Metrópoles Nunes disse, neste domingo (26/5), que ainda não sabe quantas escolas serão militarizadas na cidade. No estado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) já afirmou que pretende implementar a mudança em até 100 colégios.

Entenda como é projeto de escolas cívico-militares criado por Tarcísio

O prefeito paulistano é aliado de Tarcísio, que abraçou a pauta das escolas cívico-militares para agradar à base bolsonarista na Alesp, após o fim do programa federal implementado por Jair Bolsonaro (PL), encerrado pela gestão Lula (PT). Em dezembro de 2023, Tarcísio chegou a ir até Brasília para defender o projeto e disse que o modelo permite a criação de “futuros Bolsonaros”.

O governador deve sancionar a lei paulista que cria o programa nesta segunda-feira (27/5), em uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes.

Assim como Tarcísio, Nunes também tem interesse em satisfazer os bolsonaristas, já que tenta a reeleição na capital paulista neste ano. O ex-presidente confirmou apoio a ele na disputa, que também tem como pré-candidatos nomes como o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), apoiado por Lula, e Tabata Amaral (PSB), apoiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Como funciona a Escola Cívico-Militar

O projeto de lei aprovado pelos deputados na última semana autoriza policiais militares da reserva a trabalharem como monitores nas escolas públicas do estado. Caberá a eles zelar pela organização e segurança das unidades, além de oferecer atividades extracurriculares. Para isso, os PMs receberão um salário de R$ 6 mil, valor que está acima do piso pago aos professores da rede estadual.

As escolas continuarão com a parte pedagógica vinculada à Secretaria da Educação, mas a pasta da Segurança Pública ajudará a selecionar os militares e participará da organização das atividades oferecidas por eles. Cada unidade contará com pelo menos um policial como monitor.

Para que um colégio passe pela mudança, a comunidade escolar precisará aprovar o projeto. Para isso, serão feitas consultas públicas, que terão sua data divulgada no Diário Oficial até 15 dias antes. A escola também tem que atender a outros critérios, como estar em uma região de vulnerabilidade e ter desempenho acadêmico abaixo da média do estado. Como mostrou o Metrópoles, o governo mira implementar o programa em unidades com histórico de casos de violência.

Especialistas em educação criticam o modelo e afirmam que não há estudo que demonstre que a militarização melhora a aprendizagem dos alunos.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?