“Nunca vou entender”: namorado de vítima do helicóptero se despede
Henrique Thiofilo, namorado de Letícia Ayumi, de 20 anos, também agradeceu às mensagens de apoio após a tragédia que matou 4 pessoas
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Henrique Thiofilo, namorado de Letícia Ayumi, de 20 anos, que morreu no acidente envolvendo o helicóptero encontrado nesta sexta-feira (12/1) em Paraibuna, na região do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, publicou uma mensagem de despedida nas redes sociais.
“Amor… Desde 2019, sou completamente apaixonado por você, nossa conexão, nossos momentos, nossas loucuras, nossos planos… Não entendo e nunca vou entender! Só saiba que eu fiz de tudo, dei meu máximo e sempre, sempre você estará no meu coração, você é minha metade. Eu te amo muito e seremos eu e você até o fim… Obrigado por tudo, minha japa”, disse, usando uma foto do casal se beijando ao fundo.
O namorado de Letícia Ayumi também agradeceu as mensagens de apoio nas redes sociais: “Obrigado, mas estou em um momento muito difícil para responder…”.
O acidente
O helicóptero modelo Robinson 44 foi encontrado nesta sexta-feira (12/1) após 12 dias de buscas. O aparelho desapareceu na Serra do Mar, no dia 31 de dezembro. Morreram no acidente o piloto Cassiano Teodoro, 44 anos, e os três passageiros: Raphael Torres, 41; Luciana Rodzewics, 45; e Letícia Ayumi, 20.
A aeronave partiu do Campo de Marte, na capital paulista, em direção a Ilhabela, no litoral norte, na véspera do Ano-Novo. O último registro no radar havia sido por volta de 15h20 do dia 31 de dezembro. Pouco antes de a aeronave desaparecer, Letícia enviou mensagens ao namorado avisando sobre as más condições climáticas. Ela gravou um vídeo em que o helicóptero aparece totalmente coberto por neblina, sem visibilidade.
A análise dos celulares havia sido feita pela equipe de aviação da Polícia Civil ao longo dessa quinta-feira (11/1). Segundo o delegado Paulo Sérgio Reis Mello, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), apenas com tempo favorável, o que ocorreu na quinta, esse trabalho foi possível.
“Para fazer uma triangulação e encontrar o local dos celulares, é preciso três antenas [de telefonia móvel]. Lá, tinha só uma, e virada para outro lado”, disse o delegado.
Por isso, os policiais precisavam fazer voos na região para identificar as localizações prováveis dos celulares. Eles traçaram um cone, a partir da Rodovia dos Tamoios, na altura do km 54, que seguia por um raio de 12 quilômetros em cada um dos lados.
Esse direcionamento foi repassado para o Comando da Aviação da Polícia Militar (PM) na tarde de quinta-feira, e as equipes planejaram uma busca mais minuciosa a partir da manhã desta sexta-feira.
O cone traçado pela Polícia Civil foi dividido em cinco quadrantes. Em cada um deles, os helicópteros das polícias fariam voos específicos, com menor velocidade e altura. No segundo quadrante, por volta das 9h15, os PMs encontraram os corpos.