Número de mortes por dengue em São Paulo cresce 25% em uma semana
Capital paulista tem agora 49 confirmações de morte para a doença, contra 39 registros da semana passada
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O número de mortes por dengue na capital paulista cresceu 25% em apenas uma semana e chegou a 49 vítimas nesta segunda-feira (15/4). Há sete dias, a cidade contabilizava 39 paulistanos mortos por causa da doença.
Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de São Paulo. Os óbitos podem ter ocorrido em datas diversas, mas a notificação oficial aparece apenas quando o resultado dos exames comprova que a vítima morreu, de fato, por causa da dengue.
Segundo o boletim, além dos 49 mortos, a cidade de São Paulo registra 141.704 casos confirmados de dengue. A doença está espalhada por toda a capital e a pior situação é nos distritos de Itaquera e Vila Jaguara, que registram respectivamente o maior número de casos (7.372) e a maior proporção de infectados por habitante (8.497,8 casos a cada 100 mil habitantes).
Apenas 5 dos 96 distritos de São Paulo não estão em situação de epidemia neste momento. São eles: Sé, no centro, Jardim Paulista, na zona oeste, e Saúde, Vila Mariana e Moema, na zona sul.
Apesar do aumento expressivo de mortes e casos, a Coordenadora de Vigilância em Saúde (Covisa) considera que a cidade vive uma situação de estabilidade da epidemia, com queda na velocidade de crescimento dos casos.
Em entrevista ao Metrópoles no dia 4, o coordenador da Covisa, Luiz Artur, disse que a curva da doença entrará em um “platô” ainda em abril e que “o pior momento” da dengue na cidade já passou.
“Podemos dizer que já passamos o pior momento epidemiológico da dengue aqui na cidade”, afirmou Luiz Artur. “Já estamos em um cenário de estabilidade, que vai ficar um pouco mais claro quando divulgarmos os dados da próxima segunda-feira”, completou.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização da população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.