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Novo superintendente da PF diz que “democracia foi ultrajada”

Novo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Rogerio Giampaoli, tomou posse nesta terça-feira (7/2)

atualizado

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Reprodução/TV TEM
Rogério Giampaoli
1 de 1 Rogério Giampaoli - Foto: Reprodução/TV TEM

São Paulo – O novo superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Rogério Giampaoli, de 54 anos, tomou posse nesta terça-feira (7/2)

Vai comandar a Superintendência da PF de a maior do país.

Ao tomar posse, o novo superintendente fez referência às investigações ainda em andamento relacionadas aos ataques de 8 de janeiro às sedes dos três poderes, em Brasília.

“Os desafios são enormes, pois vivemos um momento em que a democracia foi ultrajada. Nossa sede e a dos três poderes, atacadas e vilependiadas. Momentos únicos de nossa história, que nos leva a muito reflexão, posicionamentos e atitudes firmes” afirmou o novo superintendente.

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Augusto Passos Rodrigues, que estava presente na cerimônia, também citou os atos de janeiro e afirmou que a atual gestão da PF assumia em meio a um momento “extremamente atípico e desafiador”, mas disse que “a instituição (PF) foi capaz de dar resposta”.

Giampaoli foi um dos 20 novos superintendentes escolhidos pelo novo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, que tomou posse nessa terça-feira (10/1), em Brasília.

Quem é Rogerio Giampaoli

Nascido em Campinas, Rogerio Giampaoli tem uma trajetória de 20 anos na Polícia Federal. No segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2007-2010), ele coordenou o Comando de Operações Táticas (COT), considerada a tropa de elite da PF, treinada para executar operações especiais.

Nos últimos anos, à frente da delegacia de Sorocaba. Giampaoli e sua equipe deflagraram algumas operações de combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro na região, sem grandes repercussões midiáticas. Colegas dele na PF o descrevem como um profissional bastante “operacional” e “muito respeitado” internamente.

O novo chefe da PF em São Paulo já publicou artigo defendendo o uso de algemas em presos dizendo que os chamados crimes de “colarinho branco”, que envolvem políticos, autoridades e grandes empresários, são “tão ou mais prejudiciais à sociedade” do que os crimes comuns e costumam envolver vários delitos. Ao mesmo tempo, ele advoga pela “preservação da imagem do suspeito” nas operações policiais.

Um fato curioso na trajetória do novo superintendente da PF em São Paulo no governo Lula ocorreu em fevereiro de 2020, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

A convite do deputado estadual bolsonarista Danilo Balas (PL), que é de Sorocaba e foi agente federal, Giampaoli compareceu à sessão solene que condecorou três policiais que faziam a segurança do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia da facada sofrida por ele em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral de 2018.

Entre os homenageados daquele dia estavam Flávio Gomes, que atuou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em São Paulo durante o governo Bolsonaro e Danilo Campetti, que foi candidato a deputado estadual pelo Republicanos na última eleição e integrou a equipe de campanha do governador de Sâo Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministro bolsonarista.

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