Novo Cangaço: polícia prende suspeito de ataques a agências bancárias
Suspeito preso nessa terça-feira integra, segundo Deic, quadrilha do Novo Cangaço envolvida em ataques no interior de São Paulo
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo prendeu em Osasco, na noite dessa terça-feira (5/9), mais um suspeito de integrar uma quadrilha especializada em invadir cidades para explodir agências bancárias, prática conhecida como Novo Cangaço. Jonas Abraão do Carmo pertencia ao bando de Fausto Ricardo Machado Ferreira, o Gigante, preso no dia 1º.
De acordo com as investigações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a quadrilha está envolvida nos ataques ocorridos entre julho e agosto.
A equipe apreendeu notas tingidas por tinta vermelha acionadas por sistemas de segurança dos bancos, além de roupas usadas em um ataque à cidade de São Francisco Xavier em 6 de agosto. Em um celular apreendido, foram encontradas trocas de mensagens entre membros do bando.
Segundo a polícia, em 1º de julho, a quadrilha explodiu agências bancárias em Santa Branca, cidade de 14 mil habitantes, situada a 95 quilômetros da capital paulista. Na ocasião, ao menos 15 bandidos, em seis veículos, explodiram duas agências bancárias, das quais uma fica em frente à delegacia da cidade. Houve troca de tiros com a polícia, mas ninguém se feriu.
Vinte dias depois, o bando explodiu caixas eletrônicos em um posto de combustíveis em Atibaia, uma estância turística na região de Bragança Paulista.
A mais recente ação da quadrilha do Novo Cangaço, segundo o Deic, ocorreu em 6 de agosto, em duas instituições bancárias de São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos, no interior paulista, com menos de 4 mil habitantes. Os criminosos fugiram em um carro, com armas de grosso calibre e coletes à prova de balas.
Mais de 80 roubos a banco
Entre 2019 e o ano passado, foram registrados 84 roubos a banco no estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
O ano com o maior número de crimes foi 2020, durante a pandemia da Covid-19. Neste ano, entre janeiro e julho, data da mais recente atualizações da pasta, foram seis crimes.