Nove bairros de SP não entraram em epidemia de dengue; veja quais são
Distritos ficam localizados nas áreas mais próximas ao centro da capital paulista; bairro com menor taxa de casos de dengue é a Vila Mariana
atualizado
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São Paulo — A capital paulista vive uma explosão de casos de dengue desde o início do ano, mas nove distritos ainda registram uma situação mais controlada da doença apesar do cenário preocupante no resto da cidade.
Nestes bairros, a proporção de infectados em relação ao número total de moradores não alcançou a taxa definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que uma região seja declarada em epidemia de dengue, o que acontece quando o índice fica acima de 300 casos por 100 habitantes.
Com isso, os nove distritos são os últimos da cidade onde ainda não há epidemia da doença. Quase todos estão localizados no centro ou na zona sul da capital paulista e apenas um fica na zona oeste. Entre eles estão bairros nobres, como Jardim Paulista e Moema.
O bairro com menor incidência da doença é a Vila Mariana, na zona sul da cidade, onde a Prefeitura registrou 148,9 casos a cada 100 mil moradores. Na sequência, aparecem os distritos de Moema, também na zona sul, e Jardim Paulista, na zona oeste.
O ranking continua com os bairros da Saúde, República, Campo Belo, Campo Grande e Bela Vista. Confira abaixo a proporção de casos em cada um deles:
A situação destoa da registrada desde o início do ano nas periferias da cidade. O bairro com maior taxa de casos, a Vila Jaguara, tem mais de 7 mil registros de dengue para cada 100 mil moradores.
Como mostrou o Metrópoles, fatores como a desigualdade social de São Paulo e a distância das áreas de fronteira são apontados por especialistas como algumas das razões que explicam o impacto mais brutal da dengue nas periferias de São Paulo.
Até esta quarta-feira (10/4), a capital paulista registrava 39 mortes e mais de 142 mil casos por dengue, segundo a Secretaria Estadual da Saúde.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização da população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.