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Nova plataforma do governo mapeou 66 mil desastres naturais em 30 anos

Plataforma lançada nesta quinta (31/10) é dedicada a análise e monitoramento para prevenção, gerenciamento e mitigação de riscos e desastres

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Divulgação/Semil
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1 de 1 painel-semil - Foto: Divulgação/Semil

São Paulo — Cerca de 66 mil desastres naturais foram registrados no estado de São Paulo entre 1991 e 2022, de acordo com mapeamento da Plataforma de Gestão de Riscos de Desastres Naturais inaugurada nesta quinta-feira (31/10) pelo Governo de São Paulo por meio do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

O módulo de “geodesastres” resgatou esses registros e será continuamente alimentado, segundo a Semil. O mapeamento envolve a busca de registros de jornais por meio de robôs, e permite a identificação de áreas prioritárias para medidas de redução de risco.

A plataforma lançada nesta quinta é dedicada à análise e monitoramento para prevenção, gerenciamento e mitigação de riscos e desastres que dependem de informações geológicas. São múltiplos telões que exibem dados detalhados para apoiar os órgãos do governo na tomada de decisões estratégicas nas áreas de proteção e defesa civil, planejamento ambiental e territorial, habitação e transportes, entre outros.

“Com esta plataforma, conseguimos fazer uma gestão mais eficaz e integrada das emergências ambientais em São Paulo. A colaboração entre o IPA e outros órgãos é fundamental para o governo de São Paulo desenvolver um sistema que não só identifica riscos, mas também orienta ações concretas para a proteção da população”, explicou a secretária da Semil, Natália Resende.

Nos 38 municípios da região metropolitana de São Paulo, excluindo a capital, foram mapeados 7.278 setores suscetíveis a escorregamentos, inundações, solapamento de margens de rio e erosão.

Em escala regional, englobando os 645 municípios do estado paulista, os estudos identificam perigos e vulnerabilidades, com foco na população exposta aos desastres e no planejamento territorial.

O painel está localizado no Núcleo de Geociências, Gestão de Riscos e Monitoramento Ambiental do IPA, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.

Outras funcionalidades

Há também em funcionamento na plataforma um sistema de monitoramento e alerta em parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que integra mapeamentos de risco com dados climáticos atualizados em tempo real, permitindo alertas rápidos sobre eventos geodinâmicos perigosos nas rodovias SP-55 (que liga a Baixada Santista ao Vale do Ribeira) e SP-98 (Mogi-Bertioga).

Existe ainda o Sistema de Alerta de Ressacas e Inundações Costeiras (Saric), inaugurado em setembro e integrado à plataforma. O sistema faz o monitoramento de todas os setores do litoral paulista e pode antecipar em até 4 dias eventos críticos para os ambientes costeiros naturais e construídos, em decorrência de ressacas e marés altas, erosões intensas em praias e dunas, inundações, enchentes e alagamentos que afetem moradias e a infraestrutura urbana.

Litoral norte de SP

O IPA também assinou na última quinta-feira (24/10) um acordo de cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) para aprofundar o sistema de gestão de riscos e desastres no litoral norte paulista.

O projeto será financiado pelo BID e prevê um repasse de US$ 450 mil — o equivalente a R$ 2,5 milhões. Serão contempladas as quatro cidades do litoral norte: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

A duração do projeto é de 24 meses na construção das ferramentas de análise e identificação de riscos, incluindo cartas de perigo, vulnerabilidades e uma nova base de dados sobre acidentes relacionados a deslizamentos e inundações. O projeto também irá gerar sistemas de alerta e monitoramento.

“Este projeto representa um avanço fundamental na proteção de nossas comunidades costeiras. A gestão eficaz de riscos e desastres é essencial para garantir a segurança e a resiliência diante dos desafios ambientais que enfrentamos”, aponta o pesquisador Marco Aurélio Nalon.

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