Nenhum secretário de Nunes que tentou cargo na Câmara de SP foi eleito
Ex-integrantes da equipe de Ricardo Nunes que tentaram cargo de vereador nas eleições deste ano não conseguiram ser eleitos
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — Os quatro integrantes do primeiro escalão da gestão Ricardo Nunes (MDB) que haviam deixado o cargo neste ano para tentar a eleição para a Câmara Municipal de São Paulo foram derrotados nas urnas.
Estavam concorrendo a uma vaga como vereadores a ex-secretária de Cultura, Aline Torres (MDB), a ex-secretária de Segurança Urbana, Elza Paulina (MDB), o ex-secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Carlos Bezerra Jr. (PSD), e o ex-presidente da SPUrbanismo, Cesar Azevedo (União). Os quatro ficaram como suplentes.
Do quarteto, o mais bem votado foi Carlos Bezerra. Nas eleições passadas, ele havia sido eleito vereador, mas se licenciou quando foi indicado para o cargo de secretário. Em março, quando ele e os demais secretários tiveram de deixar o posto para poderem concorrer, ele retornou à cadeira de vereador e tentava a reeleição. Com uma campanha que custou R$ 211 mil, segundo declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele obteve 37,5 mil votos.
Aline Torres esteve com o prefeito em sua última agenda de rua antes do primeiro turno. A secretária, que havia sido muito criticada por artistas pela condução de Nunes no Carnaval e na Virada Cultural, obteve 17,7 mil votos, com uma campanha que custou R$ 700 mil.
Cesar Azevedo havia sido afastado por Nunes da Prefeitura no começo de 2022, após sofrer uma série de reveses na Justiça que travaram o início do processo de revisão do Plano Diretor Estratégico. Contudo, como era um nome próximo a Bruno Covas, falecido em 2021, o prefeito o manteve no primeiro escalão, oferecendo-lhe a empresa SPUrbanismo, que realiza os projetos urbanos para os demais órgãos municipais. Foi a campanha mais cara entre os ex-auxiliares de Nunes, com R$ 1,3 milhão declarados em gastos. Ele obteve 13,4 mil votos.
Por fim, Elza Paulina concorreu com o nome de urna de Comandante Elza, por ter sido, além de secretária, a comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM) — sendo a primeira mulher a ocupar o cargo. Elza teve uma votação mais modesta, com 3,4 mil votos, e declarou R$ 763 mil em despesas.