SP: “Não vai ficar assim”, diz irmão de homem morto chamado de ladrão
Irmão de Osil Vicente Guedes, que foi linchado após ser chamado de ladrão no Guarujá (SP), disse que a família está “sem conseguir dormir”
atualizado
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São Paulo – Eliaquim Vicente Guedes, irmão do homem que morreu após ser linchado porque foi acusado injustamente de roubar uma moto no Guarujá, litoral sul de São Paulo, disse ao Metrópoles que a família está “sem conseguir dormir” desde que soube da tragédia.
Osil Vicente Guedes, de 49 anos, foi linchado por quatro homens na última quarta-feira (3/5), no bairro Pae-Cará, enquanto dirigia uma CG 150 que havia pegado emprestada com um amigo. Na madrugada de domingo (7/5), ele teve morte encefálica no Hospital Santo Amaro, no Guarujá.
Segundo testemunhas, uma pessoa teria gritado “pega ladrão” e a vítima teria sido cercada pelos agressores. Imagens feitas com um celular mostram Osil sendo agredido com um capacete e um pedaço de madeira.
“Eu não consigo nem falar, tá ligado? Todo mundo tá ruim. Da família toda aqui, ninguém está conseguindo nem falar. Nem dormir. A gente não está nem dormindo. Tá todo mundo em cima de remédio aqui. Ele é querido demais”, disse Eliaquim, que mora em Pernambuco.
O irmão da vítima afirma que a família anseia por Justiça. “Isso não vai ficar assim. A gente quer Justiça.”
De acordo com familiares, Osil Vicente Guedes enfrentava problemas psicológicos e tomava remédio tarja preta. O corpo está no Instituto Médico Legal da Praia Grande. Familiares estão a caminho do local.
O caso é investigado pelo 2º Distrito Policial do Guarujá.