“Não tem câmeras para todas as unidades”, diz Tarcísio sobre falta de imagens de mortos pela PM
Tarcísio de Freitas disse que visitou PMs no litoral, viu tropa “extremamente equilibrada” e voltou a negar indícios de excessos no litoral
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta quarta-feira (9/8), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, que é de conhecimento público que não há câmeras de monitoramento para todos os policiais militares do Estado.
A declaração foi uma resposta ao ser questionado sobre o fato de que parte das 16 mortes de civis na Baixada Santista que, segundo a Polícia Militar (PM), ocorreram em confrontos, não foi filmada pelos equipamentos de vigilância do uniforme dos agentes.
“A gente não tem câmeras para toda as unidades. A gente sabe que tem 10 mil câmeras para 90 mil policiais”, disse o governador.
De acordo com a Polícia Militar, em apenas 10 dos 16 confrontos havia policiais com os equipamentos. O quadro vem sendo criticado pela Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo.
Tarcísio disse que, decorrido um período maior desde os dias mais agudos da crise, ainda não surgiram indícios de que possa ter havido excessos por parte dos agentes nas mortes. Ele ressaltou que as mortes não ocorreram de forma concentrada, no mesmo local, e que a maioria dos mortos tinha um passado de prisões por prática de crimes.
“Aqueles que não tinham ficha corrida realmente entraram em confronto com a polícia”, afirmou Tarcísio, que voltou a ressaltar que eventuais excessos, caso identificados, serão punidos.
“A gente tem uma polícia de 192 anos, extremamente capacitada e treinada. Estive lá na Baixada Santista conversando com a tropa. Não vi uma tropa exaltada, não vi uma tropa descontrolada. Pelo contrário, vi uma tropa extremamente equilibrada, extremamente consciente do que tinha que fazer”, disse Tarcísio.
O governador voltou a dizer que todas as ocorrências estão sendo investigadas e que não há prazo definido para o término da operação, que tem como objetivo coibir a ação de traficantes de drogas na região.