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“Vamos ter os melhores”, diz responsável por contratar psicólogos para escolas de SP

Diretor do Conviva SP, Ian Nunjara diz que modelo de contratação de psicólogos para escolas de SP define requisitos que garantem qualidade

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Fábio Vieira/Metrópoles
Foto colorida mostra estudantes reunidos em frente a Escola Thomazia Montoro
1 de 1 Foto colorida mostra estudantes reunidos em frente a Escola Thomazia Montoro - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo — Tem início no próximo dia 3 de julho o pregão virtual da Secretaria Estadual da Educação que vai selecionar empresas para oferecer psicólogos à rede estadual de ensino. Desde fevereiro deste ano, os colégios estão sem os profissionais oferecidos pelo programa Psicólogos na Educação.

Associações e sindicatos de psicólogos criticaram o modelo adotado pela Secretaria da Educação para recrutar os profissionais. As entidades afirmam que realizar um pregão é uma maneira de precarizar o serviço para baratear os custos.

Em entrevista ao Metrópoles, Ian Nunjara, responsável pelo Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP), negou que o modelo esteja priorizando o preço e disse que há uma série de requisitos que garantem a qualidade do serviço.

Após o atentado que matou a professora Elisabeth Tenreiro na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste da capital, o governo estadual prometeu a contratação de 550 profissionais, como parte de um pacote de R$ 240 milhões em investimentos. Quase três meses depois, na semana passada, o edital foi divulgado.

A contratação das empresas será dividida em 16 regiões. A previsão é de que os profissionais comecem a atuar nas escolas em até 60 dias.

Confira abaixo os principais trechos da entrevista:

Como garantir que o serviço prestado pelas empresas será de qualidade?

Nós vamos ter os melhores profissionais, porque temos requisitos que precisam ser atendidos pelos prestadores de serviço. É preciso que os psicólogos tenham no mínimo 2 anos de experiência e que eles tenham um vínculo mínimo com o tema, com as comunidades e com os alunos. É natural que a visão do sindicato seja crítica à terceirização. É claro que eles vão bater nessa tecla. Mas haverá um controle.

O que a Secretaria da Educação entende por “vínculo mínimo com o tema”?

É a escolha de profissionais que tenham experiência na área. Na verdade, esses requisitos ainda estão sendo definidos. A premissa principal é que o profissional precisa ser bom, ele precisa estar lá. Para que a gente possa garantir que ele vai ficar o maior tempo possível dentro daquela escola. […] A gente vai contratar a empresa, e ela será obrigada a fazer a seleção de acordo com os nossos critérios. Dentro desses 550 profissionais que serão contratados, são 534 psicólogos e 16 supervisores. São profissionais com especialização na área. A gente sempre vai prezar pela qualidade.

Quando os psicólogos devem começar a atuar?

O nosso planejamento estipula que eles comecem, no máximo, em 60 dias. Antes de eles entrarem nas salas de aula, a gente vai fazer um processo de capacitação. Esses 60 dias já incluem esse processo de capacitação. A previsão é de que em agosto os psicólogos já estejam nas salas de aula.”

Considerando esse prazo, os alunos da rede estadual ficarão entre cinco e seis meses sem profissionais do Psicólogos na Educação nas escolas. Isso não preocupa a Secretaria da Educação?

Dentro das escolas nós já temos os professores orientadores de convivência. Esse professor é quem fica responsável por conciliar conflitos no ambiente escolar. Se o aluno está tendo problema, se o professor está tendo problema com o aluno, etc. As diretorias de ensino também têm autorização para buscar profissionais de universidades que atuem de forma voluntária. É o ideal? Provavelmente, não. Mas a gente está trabalhando para ampliar esses 550. Esse ainda não é o número ideal. Eventualmente ele vai aumentar.”

Já que os psicólogos serão contratados pelas empresas, como garantir que eles não sejam substituídos a qualquer momento?

O edital estabelece que, se a empresa trocar o profissional com uma certa constância, ela paga multa. Então, a ideia é que a gente não tenha troca de profissionais. A ideia é que ele entre e seja designado pelas diretorias de ensino para as escolas de uma região específica. Quanto mais tempo ele permanecer, ele vai ter um conhecimento maior da escola. Estão elaborando as premissas sobre as trocas. Eu não queria mais de 2 ou 3 trocas por região. A gente ainda não tomou a decisão. Mas o objetivo é que não haja trocas.

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