“Não posso falar o nome do Boulos”, diz Lula em evento em SP
Durante evento na zona sul de SP, presidente disse que não poderia mencionar o deputado federal para não ser multado, como no 1º de maio
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na tarde deste sábado (29/6) durante evento em São Paulo, que não poderia falar o nome do deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSol) porque já foi multado. Ele participava do lançamento da expansão do Instituto Federal de São Paulo para o Jardim Ângela ao lado, entre outros, do pré-candidato do PSol.
“Não posso falar o nome do Boulos porque já fui multado uma vez”, disse o presidente, em referência ao ato do Primeiro de Maio na capital paulista em que pediu votos para o deputado.
Apesar de não ter citado Boulos até esse momento, pela manhã, durante outro evento na zona leste, o presidente enalteceu Marta Suplicy, pré-candidata a vice-prefeita na chapa do psolista, pelo período em que esteve à frente da Prefeitura de São Paulo (2001-2004). “A mulher que criou o CEU, que criou o transporte integrado, uma pessoa que fez uma gestão extraordinária”, disse Lula.
No evento da manhã, Lula participou do lançamento da pedra fundamental do Campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Campus Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo.
Participaram dos eventos deste sábado, além de Boulos e Marta Suplicy, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Educação, Camilo Santana, das Cidades, Jader Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, o vice-presidente, Geraldo Alckmin e o também deputado federal Ivan Valente (PSol).
Também seriam anunciados na tarde de sábado os investimentos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) para a expansão da Linha 5 Lilás do Metrô. Mas Lula afirmou que a Caixa não liberaria os recursos porque o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não compareceram para assinar.
“A gente ia assinar o contrato da chegada do metrô para chegar até aqui [ao Jardim Ângela]. Mas o prefeito, que nos deu o terreno, não veio, nem o governador. Então a Caixa Econômica Federal e o ministro das Cidades resolveram não assinar porque é importante a gente fazer isso junto com o governador e o prefeito”, disse Lula.
No último dia 21, Tarcísio e Nunes promoveram um evento de assinatura do contrato de extensão da Linha 5 – Lilás, do Metrô até a região do Jardim Ângela.
Em conversa com jornalistas neste sábado, Guilherme Boulos afirmou que essa assinatura foi um “ato político”. “Ato político foi o que ele [Nunes] foi fazer com o Tarcísio no Jardim Ângela na semana passada, sabendo que teria esse evento hoje. Montaram um negócios às pressas, um ato político, dizendo que uma obra do governo federal é dele”, disse o deputado.