“Não faz parte da direita”: bolsonaristas de SP repudiam atos
Aliados de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro foram às redes para repudiar os atos terroristas promovidos por bolsonaristas
atualizado
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São Paulo – Deputados e políticos bolsonaristas de São Paulo foram às redes sociais para repudiar e criticar os atos terroristas provocados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A deputada federal Carla Zambelli (PL) gravou um vídeo em que diz ficar “preocupada” com as manifestações que deprederam o patrimônio público. Ela, no entanto, afirmou que os atos bolsonaristas até então vinham sendo pacíficos e afirmou que atos de violência são práticas da esquerda. “(Os atos) não foram no governo Bolsonaro, foram no governo Lula”, disse.
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O deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública, Capitão Augusto (PL), publicou uma nota em que diz repudiar a “forma violenta como foram conduzidas as manifestações ocorridas neste domingo na capital federal, com depredação e invasão de patrimônio público e violência contra agentes de segurança pública”.
Capitão Augusto é aliado de Bolsonaro e foi um dos coordenadores da campanha pela reeleição do agora ex-presidente.
A nota diz ainda que a Frente Parlamentar da Segurança Pública, conhecida popularmente como “Bancada da Bala”, se solidariza com os policiais que foram atingidos em meio aos protestos e “se compromete a acompanhar as investigações para a identificação e punição daqueles que praticaram as violências e depredações em Brasília”.
Já o deputado estadual Frederico d’Avila (PL) publicou uma mensagem em que classifica os atos como “abomináveis” e “totalmente antagônicos aos valores conservadores”. “Atos como o que assistimos hoje em Brasília são marca registrada da Esquerda e do Nazi-Fascismo”, escreveu.
Depredações de prédios públicos ou privados, vandalismo e destruição de patrimônio histórico e cultural, são atos abomináveis e totalmente antagônicos aos valores Conservadores.
Atos como o que assistimos hoje em Brasília são marca registrada da Esquerda e do Nazi-Fascismo.— DEPUTADO FREDERICO D’AVILA (@DAVILAFREDERICO) January 9, 2023
A prefeita de Bauru, Suéllen Rosim, também bolsonarista, afirmou que “manifestações perdem o sentido quando ao invés de defender o que se acredita, se torna um péssimo exemplo para as futuras gerações”.
Manifestações perdem o sentido quando ao invés de defender o que se acredita, se torna um péssimo exemplo para as futuras gerações. Vivemos dias difíceis, mas nada justifica violência, depredação ou vandalismo!
— Suéllen Rosim (@suellenrosim) January 8, 2023
Por outro lado, outros bolsonaristas se silenciaram desde o início das depredações desse domingo (8/1). Entre os aliados de Bolsonaro que não se manifestaram pelas redes socais até o fechamento desta reportagem estão o ex-ministro e deputado federal eleito Ricardo Salles e o deputado estadual Gil Diniz.
Rosângela Moro
Outra “bolsonarista” a se manifestar pelas redes foi Rosângela Moro, mulher o ex-minsitro Sérgio Moro e deputada federal eleita por São Paulo. Pelas redes sociais, ela escreveu que “depredação de prédios públicos, vandalismo, não são caminhos aceitáveis”. Ela afirmou ainda que “violência nunca pode ser o caminho”.
Depredação de prédios públicos, vandalismo, não são caminhos aceitáveis. Violência nunca pode ser o caminho. Quando se perde a razão, se perde a credibilidade. Divergências devem ser manifestadas de maneira pacífica, democrática e dentro da lei.
— Rosangela Moro (@rosangelamorosp) January 8, 2023
Sérgio Moro também foi às redes para condenar as ações. Horas antes, no entanto, ele havia criticado o governo Lula pelas “represálias” contra os manifestantes.