“Não admitiremos isso em SP”, diz Tarcísio sobre violência em manifestações
Governador afirmou que atos perdem legitimidade “a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos”
atualizado
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São Paulo – O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou na tarde deste domingo (8/1) que não irá permitir que casos de violência, durante manifestações, ocorram em território paulista, da forma em que se desencadearam em Brasília (DF).
Neste domingo, manifestantes radicais depredaram os prédios dos Três Poderes, pedindo um golpe militar. A ação forçou o presidente Luíz Inácio Lula da Silva (PT) a decretar uma intervenção federal, por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Diante do caos promovido pelos bolsonaristas em Brasília, o governador paulista afirmou, em seu Twitter, que as manifestações “perdem a legitimidade e a razão a partir do momento em que há violência, depredação ou cerceamento de direitos”, acrescentando que “não admitiremos isso em SP.”
Freitas, que defende bandeiras do bolsonarismo, acrescentou que, para o país caminhar, o debate de ideias divergentes deve ser “responsável, apontando direções.”
Avenida fechada
Apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) interditaram, por cerca de uma hora e 20 minutos, a Avenida 23 de Maio, nas proximidades do Parque do Ibirapuera, na zona sul paulistana.
A Polícia Militar afirmou ao Metrópoles que foi acionada às 15h26 e permaneceu na via até 16h50 desta domingo (8/1).
Exibindo faixas com dizeres antidemocráticos e favoráveis a um golpe militar, os bolsonaristas questionavam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou Bolsonaro nas urnas.
Em um vídeo encaminhado à reportagem, os manifestantes cantam, enquanto caminham nas duas mãos da avenida: “só saiu daqui quando o rei morrer”, uma referência ao presidente Lula.
Uma das faixas convoca os manifestantes a praticarem a desobediência civil, afirmando que eles “não acreditam nas instituições”, que representam a democracia.
De acordo com a PM, o ato foi “pacífico”, sem nenhum registro de ocorrência ou prisão.
A mesma avenida foi bloqueada pelos manifestantes golpistas, na sexta-feira (6/1), na altura do Aeroporto de Congonhas.
Em vídeos compartilhados na ocasião, em redes sociais e em canais de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, apareciam manifestantes com bandeiras do Brasil bloqueando o fluxo de veículos na região.