Namorada de dono do Porsche presta depoimento sobre noite do acidente
Namorada de Fernando Sastre ficou cerca de 1h em delegacia; ela e o dono do Porsche teriam discutido no dia do acidente que matou uma pessoa
atualizado
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São Paulo – A namorada de Fernando Sastre Filho, motorista do Porsche que provocou o acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo Silva, compareceu nesta terça-feira (9/4) ao 30° DP da Polícia Civil, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, para prestar depoimento.
A mulher chegou por volta das 11h30 e ficou cerca de uma hora na unidade policial. Advogados disseram que ela não ficou em silêncio no depoimento.
Tanto ela como os advogados de defesa saíram sem falar com a imprensa e o caso segue em segredo de Justiça.
A namorada teria condições de explicar os motivos de uma discussão que aconteceu minutos antes de Fernando de atingir o carro do motorista de aplicativo. A briga foi gravada por câmeras de segurança na porta do clube de pôquer onde o casal estava com amigos na noite do acidente.
O acidente ocorreu na madrugada do último domingo (31/3), na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste paulistana. O motorista admitiu que dirigia em alta velocidade.
Nessa segunda-feira (8/4), o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), negou o pedido de prisão preventiva de Fernando Sastre Filho, mas fixou fiança de R$ 500 mil para manter o empresário em liberdade. De acordo com o juiz, o valor, que deve ser pago no prazo de 48 horas, é “proporcional e adequado” à “condição socioeconômica” do acusado.
Segundo a decisão, esse dinheiro deve ser usado para “eventual reparação de danos” à família do motorista Ornaldo da Silva Viana, de 52, que morreu na tragédia, e ao amigo do empresário que estava com ele no momento do acidente, o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, de 22, que está hospitalizado em estado grave.
Além da fiança, o magistrado determinou uma série de medidas cautelares, como proibição de Fernando Filho ter contato ou se aproximar da vítima sobrevivente, de testemunhas e de familiares de testemunhas por, no mínimo, 500 metros.