Mulher se recusa a cozinhar e é morta pelo marido no interior de SP
Marido confessou o crime e foi preso em flagrante por feminicídio e porte irregular de arma de fogo; caso foi em Santo Antônio da Alegria
atualizado
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São Paulo — Clarice Marciano da Silva, de 50 anos, morreu na última quarta-feira (1º/4) após ser atingida por um tiro disparado pelo marido, Reginaldo Martins da Silva, de 53 anos. O homem, réu confesso do crime, disse à polícia que atirou depois que a esposa se recusou a cozinhar o almoço.
O crime ocorreu por volta das 16h em um sítio a 5 km da cidade de Santo Antônio da Alegria, no interior de São Paulo. Após ser atingida, Clarice foi encontrada inconsciente na cama e socorrida por familiares que ouviram o disparo.
Uma sobrinha da vítima relatou, em entrevista à EPTV, que Reginaldo debochou dos parentes que tentavam socorrer a mulher.
A irmã da vítima, que também conversou com a EPTV, disse que o casal estava junto há 32 anos e que Clarice era constantemente vítima de violência doméstica desde o início do relacionamento.
A vítima já teria sofrido dois abortos em razão de espancamentos e as agressões pioraram quando ela pediu a separação. Reginaldo, que não aceitava o fim do relacionamento, dizia que não honraria a divisão de bens e também fazia ameaças contra a família da vítima.
A Secretaria da Segurança Pública informou que a Polícia Militar encontrou armas e munições no sítio onde Clarice foi morta. Reginaldo foi levado à Ribeirão Preto, onde foi preso em flagrante por feminicídio e posse irregular de arma de fogo.