Mulher é morta por namorada e tem corpo esquartejado na Grande SP
Irmão de suspeita presa afirmou à polícia que ela confessou crime e deu risada ao relatar esquartejamento, feito com a ajuda de um homem
atualizado
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São Paulo – Durante uma discussão com sua namorada, identificada como Renata Teófilo pela polícia, Natália Cristiane Rodrigues, de 38 anos, feriu a companheira no pescoço com uma faca, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Após ser atingida, Renata desmaiou e morreu.
Segundo a polícia, o crime aconteceu domingo (17/9), na casa de Natália. No mesmo dia, a suspeita ligou para o irmão, Thiago Rodrigues, afirmando que havia brigado com a companheira e “feito uma besteira.”
O rapaz tentou saber o que era, mas a irmã, que mora em uma casa ao lado da dele, “sumiu”. Ele a viu somente dois dias depois, por volta das 19h30, fumando um cigarro perto de seu imóvel. Ela se negou novamente a falar com o irmão, que foi para casa.
Na madrugada dessa quarta-feira (20/9), Thiago acordou ao ouvir um barulho alto e constatou que era de um carrinho de supermercado caído.
Quando saiu de casa, ele afirmou à Polícia Civil que sentiu um cheiro forte de sangue e “coisa podre”, proveniente de sacos plásticos pretos, que estavam dentro de um carrinho de supermercado levado pela irmã e um homem, identificado até o momento como Cleber.
O homicídio
Thiago viu que sangue saía dos sacos levados pela irmã e Cleber, que não trocaram nenhuma palavra com o rapaz e saíram do local levando o carrinho.
Natália retornou cerca de meia hora depois, ainda acompanhada de Cleber, sem o carrinho, momento em que ela confessou ao irmão, segundo relatado por ele à polícia, que havia ferido a namorada no pescoço, com uma faca, “para se defender”.
Ambas mantinham um relacionamento conturbado, marcado por brigas constantes, há cerca de dois anos, acrescentou o parente da suspeita à polícia.
Rindo sobre o esquartejamento
Thiago disse ainda à polícia que a irmã negou ter participado do esquartejamento, feito supostamente por Cleber.
“O depoente ficou espantado com a frieza [da dupla], porque os dois chegaram a rir falando sobre a dificuldade de esquartejar a vítima.”
Após falar sobre o crime, Natália se despediu do irmão, acreditando que ele iria trabalhar. Ela disse a ele que iria pegar mais sacos plásticos para retirar o restante do corpo de Renata de sua casa, onde pretendia limpar e “jogar cloro”. Após isso, Natália pretendia se esconder no litoral.
Corpo no córrego
A dupla ainda disse a Thiago que partes do corpo de Renata estavam em um córrego, onde Cleber teria pisado sobre o tronco da vítima “para afundar e não aparecer.”
Diante da confissão, o irmão de Natália procurou a Polícia Civil em seguida, relatando tudo o que havia visto e ouvido.
Policiais do 1º DP de Guarulhos foram até a casa de Natália, no bairro Jardim Eliana, onde encontraram partes do corpo de Renata dentro de sacos plásticos. Ela e o comparsa não estavam no local.
As outras partes do corpo de Renata foram encontrados por policiais militares no córrego mencionado por Cleber ao irmão de Natália.
A dupla de suspeitos foi presa depois. O local e as circunstâncias não foram informados.
O caso é investigado como feminicídio (quando o assassinato envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação à condição de mulher da vítima) e ocultação de cadáver.