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Mulher chama estagiária de banco de “macaca” e acaba presa por racismo

“Vai esperar viatura chegar”, disse testemunha para agressora ao chamar a PM. Mulher passou por audiência de custódia e foi liberada

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Imagem do rosto de uma mulher sorrindo; ela é acusada de injúria racial contra uma atendente de banco em Ribeirão Preto - Metrópoles
1 de 1 Imagem do rosto de uma mulher sorrindo; ela é acusada de injúria racial contra uma atendente de banco em Ribeirão Preto - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

São Paulo – Uma mulher foi presa em uma agência bancária no centro de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo na tarde dessa quarta-feira (7/8) após chamar uma estagiária do banco de “macaca”. A cliente Luciana dos Santos aguardava atendimento quando presenciou a cena. Segundo ela, a agressora identificada como Shirley Bezerra Borges, estava irritada com a demora quando cometeu o crime.

“Eu estava sentada, esperando atendimento, quando ouvi essa senhora chamando a estagiária e falou ‘eu estava falando com essa macaca’. Quando ela falou ‘eu estava falando com essa macaca’ eu olhei e, quando eu olhei, ela ainda fez um afirmativo com o gerente na mesa dele e falou ‘e não é uma macaca?'”, contou Luciana à EPTV.

“Foi quando eu interferi, levantei de onde estava, cheguei até a mesa do gerente e falei o que ela pensava, quem ela era. Aí ela foi levantando da mesa, foi saindo e eu falei ‘a senhora não vai sair de dentro da agência, a senhora vai esperar a viatura chegar'”,

Shirley Bezerra Borges foi encaminhada para uma delegacia, onde um boletim de ocorrência pelo crime de injúria racial foi registrado. Ela passou por audiência de custódia nesta quinta-feira (8/8) e foi liberada sob condição de não deixar a cidade por mais de 15 dias. Shirley também terá que se apresentar mensalmente à Justiça enquanto o caso é investigado.

Em nota, o Banco Mercantil afirmou que lamenta o fato. A empresa disse que prestou toda assistência necessária à estagiária, tendo acompanhando a funcionária até a delegacia.

Pena poderá chegar a 5 anos de reclusão

Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva sancionou sem vetos a Lei 14.532/23, que aumenta a pena para injúria relacionada à raça, cor, etnia ou procedência nacional. Com a norma, esse tipo de injúria pode ser punida com reclusão de 2 a 5 anos e a pena poderá ser dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas. Antes, a pena era de 1 a 3 anos.

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