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MTST protesta em frente à Enel contra falta de energia e privatização

Enel promete restabelecer fornecimento de energia elétrica para toda área de concessão até esta terça-feira; 200 mil imóveis seguem sem luz

atualizado

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Divulgação/MTST
Foto colorida mostra protesto do MTST em frente à Enel
1 de 1 Foto colorida mostra protesto do MTST em frente à Enel - Foto: Divulgação/MTST

São Paulo — Um grupo de manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realiza, nesta terça-feira (7/11), um protesto contra a falta de energia elétrica na Grande São Paulo, em frente à sede da Enel, concessionária responsável pelo fornecimento na região.

Segundo a companhia, cerca de 200 mil imóveis continuam sem luz após o temporal que atingiu várias regiões do estado, incluindo a capital, na última sexta-feira (3/11). Os manifestantes atribuem a falta de luz à privatização da distribuição de energia elétrica, feita em 1998. “Privatiza que piora”, dizem os cartazes.

“Estamos em frente à sede a Enel exigindo reparo imediato da rede elétrica e ressarcimento dos prejuízos causados pelo apagão. Mais de 2 milhões de imóveis (casas, comércios, escolas e hospitais) foram negligenciados e ficaram sem luz”, afirmou o MTST nas redes sociais.

“O que aconteceu em São Paulo nos últimos dias é um alerta sobre resultados nefastos das privatizações dos serviços básicos no Estado de São Paulo. A Enel de hoje pode ser a Sabesp de amanhã”, disse Débora Lima, coordenadora nacional do MTST.

Restabelecimento nesta terça

A Enel promete restabelecer toda a rede de energia elétrica da área de concessão até o fim desta terça-feira (7/11). Na segunda-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se reuniu com o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), com diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e executivos de cinco empresas de distribuição de energia que atuam no território paulista.

Em entrevista coletiva, Tarcísio cobrou urgência no restabelecimento da energia e solicitou a apresentação de planos de contingência para eventuais novas interrupções do fornecimento de energia no futuro.

“A nossa maior preocupação são as pessoas, é o restabelecimento da energia para as pessoas. Nós temos uma criticidade na cidade de São Paulo, e a expectativa é que seja restabelecido até terça, que havia sido a previsão inicial das concessionárias. Também discutimos como a gente vai estabelecer planos de contingência para que o restabelecimento de energia em novas ocorrências possa se dar da melhor forma e o mais rápido possível”, disse Tarcísio.

“Taxa de contribuição”

O prefeito Ricardo Nunes sugeriu a cobrança de uma “taxa de contribuição” voluntária de moradores com condições financeiras de pagar para acelerar o enterramento de fios da rede elétrica em alguns quarteirões da cidade, em parceria com a Prefeitura. O custo total do enterramento, visto como solução definitiva para o problema, é estimado em R$ 20 bilhões.

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