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MPSP pede prisão preventiva de trio que matou empresário após traição

Esposa, irmã e cunhado de Igor Peretto, assassinado em 31 de agosto na Praia Grande, devem permanecer presos após denúncia do MPSP

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Imagem colorida mostra o empresário Igor Peretto, que foi morto por Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o empresário Igor Peretto, que foi morto por Mário Vitorino, Marcelly Delfino Peretto e Rafaela Costa Silva - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a prisão preventiva do trio envolvido no assassinato do empresário Igor Peretto, morto em 31 de agosto em Praia Grande, litoral de São Paulo.

Com isso, Rafaela Costa, esposa de Igor, Marcelly Peretto, irmã da vítima, e Mario Vitorino da Silva Neto, amigo e cunhado de Igor, devem permanecer presos.

De acordo com o MPSP, os três acusados atraíram o empresário para o local do crime. A denúncia, apresentada no dia 29 de outubro, detalha que a vítima foi brutalmente assassinada com várias facadas.

Após o crime, os três tentaram ocultar as evidências e simular uma defesa, fugindo juntos do local.

As promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bena Perez Fernandes, responsáveis pela denúncia, destacaram a gravidade do ato e que a liberdade dos denunciados representaria risco à ordem pública.

Ainda segundo o MPSP, o crime foi motivado por razões torpes e cometido de forma cruel, o que justifica a prisão preventiva, mesmo diante de condições pessoais favoráveis dos acusados.

O pedido inclui a instauração do processo penal e a fixação de valor mínimo de R$ 300 mil para reparação dos danos morais causados aos herdeiros da vítima.

Relembre o crime

Câmeras de monitoramento registraram os últimos momentos de Igor Peretto, de 27 anos, encontrado morto com sinais de facadas em um apartamento em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto. Os vídeos mostram os três investigados pelo crime deixando o edifício.

Rafaela e Marcelly foram filmadas subindo de elevador até o apartamento da irmã de Igor. Rafaela deixou o local sozinha aproximadamente 10 minutos depois, antes da chegada da vítima e do amigo Mario.

Na sequência, os dois homens chegam de carro ao prédio. Eles subiram de elevador e conversavam de maneira mais séria. Pouco depois, Mario e Marcelly deixaram o local juntos e saíram de carro.

Os policiais encontraram o corpo de Igor caído, próximo à janela, em um dos quartos. O imóvel estava revirado. A perícia apreendeu uma faca com sangue, que foi encontrada no banheiro. Mário é o principal suspeito de ter esfaqueado a vítima.

Segundo depoimentos, Rafaela tinha um caso com Mario. Além disso, o advogado de Marcelly, Leandro Weissmann, disse que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento.

O advogado de Rafaela, Marcelo Cruz, disse que, na noite do crime, ela saiu do imóvel antes da chegada do companheiro porque ficou com medo da reação dele, que havia descoberto a troca de mensagens entre ela e Mario.

O MPSP concluiu, no entanto, que Rafaela fez ciúme para “atrair” o marido até o apartamento da irmã dele.

A denúncia aponta ainda que Rafaela pesquisou na internet “quanto tempo o corpo demora a feder?”. De acordo com o MPSP, apesar de a mulher ter sido filmada deixando o imóvel antes do crime, ela participou do “plano mortal”.

Igor era irmão do vereador de São Vicente Tiago Peretto (União Brasil), de 43 anos. Tiago ajudou na captura de Mario, de 23 anos, no dia 15 de setembro.

A prisão temporária dos suspeitos foi prorrogada por mais 30 dias no dia 8 de outubro. Com a denúncia do MPSP, a prisão deve ser convertida em preventiva, mas somente após análise do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

O caso é investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Praia Grande.

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