metropoles.com

MPSP pede para Nardoni continuar na prisão: “Criminoso atroz e cruel”

Parecer do órgão defende que Alexandre Nardoni, condenado por matar a filha, não deve ser beneficiado com a progressão para o regime aberto

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
foto colorida de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a filha - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a filha - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) emitiu, nessa quarta-feira (10/4), um parecer contrário à progressão de Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos de prisão por matar a filha, para o regime aberto. No último fim de semana, ele completou o período de pena necessário para pleitear o benefício, que precisa ser analisado por um juiz.

Nardoni, de 45 anos, está preso desde 2008, época do crime, e atualmente está recolhido no semiaberto da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, mais conhecida como a “Cadeia dos Famosos”. Ele nega o assassinato da filha até hoje.

Isabella Nardoni, então com 5 anos, morreu após ser atirada do 6º andar do apartamento onde Nardoni morava com a esposa, Anna Jatobá, também condenada pelo crime. Ela cumpre a pena no regime aberto desde junho do ano passado.

“Ótimo comportamento”

O pedido de progressão de regime foi protocolado pelo advogado de Nardoni, Roberto Podval, na segunda-feira (8/4). Na peça, ele afirma que seu cliente já cumpriu o lapso temporal necessário para reivindicar o benefício, além de “ostentar ótimo comportamento carcerário”.

Podval defende que Nardoni deve ir para o regime aberto “sem a necessidade de avaliação complementar”.

O promotor Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos, de Taubaté, no entanto, diverge. “Caso deferida a progressão, um criminoso atroz, cruel e desumano retornará à sociedade”, afirma, em seu parecer.

Oliveira Mattos vai além. “Ora, se o sentenciado cometeu o crime pelo qual amarga condenação contra a própria filha, o que se dirá da possibilidade de nova prática delitiva contra terceira pessoa, caso venha a ser agraciado com a progressão”, diz o promotor.

O bom comportamento carcerário, segundo o MPSP, “não é mérito do sentenciado, mas sim sua obrigação”.

Teste de Rorschach

O MPSP também requer que Nardoni, alternativamente, seja submetido a exame criminológico, “bem como ao teste de Rorschach”, os quais poderiam comprovar as condições de cumprimento da pena em liberdade.

A prova de Rorschach, também conhecida como “teste do borrão de tinta”, traz 10 pranchas brancas, oito delas com manchas abstratas pretas e duas com desenhos coloridos. O psicólogo apresenta uma a uma ao detento, que precisa dizer o que vê em cada uma delas durante duas horas.

É comum que criminosos, principalmente os não-confessos, evitem passar pelo teste por receio de que elerevele elementos como uma personalidade violenta e desejos assassinos. Ao final da aplicação, o profissional responsável elabora laudos remetidos ao juiz responsável, que leva o resultado em consideração ao decidir se autoriza ou não a liberdade.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?