MPSP pede acesso a imagens de PMs que atuaram em operação no Guarujá
MPSP recebeu denúncias de excessos da corporação após a morte do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, no Guarujá
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu acesso às imagens de câmeras corporais dos policiais envolvidos na Operação Escudo, deflagrada após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou nesta quarta-feira (2/8) 16 mortes após o início da operação.
O MP disse que o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, designou na última segunda-feira (31/7) três promotores de Justiça da Baixada Santista para, ao lado do Grupo de Atuação Especial de Segurança Pública (GAESP), instaurar procedimentos com o objetivo de analisar as ações da Polícia Militar. A ouvidoria recebeu denúncias de excessos da corporação na operação.
De acordo com Sarrubbo, “o trabalho conjunto dos promotores levará a investigação a bom termo, esclarecendo se as forças de segurança cometeram delitos na resposta à morte do policial”. Para ele, a morte do soldado da Rota “deverá também ser investigada e o seu autor responsabilizado nos termos da lei, obedecido o devido processo legal”.
As mortes por intervenção policial no Guarujá, em seis dias, já superam o total de homicídios do primeiro semestre na cidade.
Em coletiva nessa terça-feira (1º/8), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se referiu aos confrontos entre criminosos e policiais como um “efeito colateral” da estratégia que visa a “asfixiar” o crime organizado que controla a Baixada Santista. O governador disse que eventuais “excessos” por parte das forças de segurança serão investigados e, se confirmados, haverá punição.
A morte do PM
O soldado da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis foi baleado durante patrulhamento na comunidade Vila Zilda. Atingido no tórax, ele não resistiu. Já o cabo Fabiano Oliveira Marin Alfaya, de 39 anos, foi ferido na mão. Os tiros foram disparados a até 70 metros de distância, segundo a SSP.
Após a morte do policial, teve início a escalada da violência na região. Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, o número de mortes pode ser maior do que o divulgado. O órgão também alertou para a denúncia de excessos cometidos por parte das forças policiais. O governador nega a ocorrência de abusos.