MPSP e governo estadual investigam descarrilamento na Linha 5-Lilás
Ministério Público e governo estadual investigam descarrilamento de trem ocorrido na noite de sábado na Linha 5-Lilás, na zona sul de SP
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) e o governo estadual vão investigar o descarrilamento de um trem da Linha 5-Lilás, na noite do último sábado (24/6), nas proximidades da Estação Santo Amaro, na zona sul de São Paulo.
A Linha 5-Lilás foi concedida à ViaMobilidade, do grupo CCR, em 2018. Também estão sob responsabilidade da empresa as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, que integravam a CPTM até o início de 2022. Está ainda sob o “guarda-chuva” da CCR a Linha 4-Amarela.
Segundo o Ministério Público, a investigação será conduzida pelo promotor André Pascoal, da Promotoria do Patrimônio Público e Social.
A Secretaria Estadual de Parcerias e Investimentos afirma que após o descarrilamento iniciou “investigações e diligências para precisar a causa e, principalmente, revalidar procedimentos de segurança com a concessionária para evitar novos episódios”.
“Comprovado erro técnico na operacionalização por parte da empresa, será aplicada penalização conforme previsto no contrato de concessão”, afirma a pasta, em nota.
Segundo a secretaria, desde 2022, foram instaurados processos administrativos para apurar nove ocorrências envolvendo a ViaMobilidade. A pasta diz que todos esses procedimentos estão em fase de análise de recursos e ou de defesa.
“As ocorrências consistem em atraso em obra, falhas em procedimentos operacionais, falhas em atividades de manutenção e utilização indevida de equipamentos”, afirma.
Questionada sobre as circunstâncias do descarrilamento, bem como sobre o número de falhas ocorridas na Linha 5-Lilás desde o início do ano, além das providências para evitar novos incidentes, a ViaMobilidade respondeu apenas que “está à disposição para contribuir com os esclarecimentos sobre a ocorrência deste sábado, cujas causas estão sendo investigadas”.