MPSP denuncia homem que matou dono de bar por homicídio qualificado
Diego Almeida Pereira, de 34 anos, é acusado pelo MPSP de assassinar dono de bar de rock por motivo fútil e sem defesa para vítima
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ofereceu denúncia, nessa quarta-feira (26/6), contra Diego de Almeida Pereira, de 34 anos, acusado de matar a golpes de canivete o empresário Carlos dos Santos Monteiro, o Nenê, 58, no Malta Rock Bar, na zona sul da capital paulista.
O caso aconteceu na noite de 15 de junho, por volta das 23h15, na Rua Ytaipu, região do bairro da Saúde. Segundo a denúncia, obtida pelo Metrópoles, Diego estava incomodando outros clientes do bar e teria insistido para que uma conhecida o defendesse.
Dono do estabelecimento, Nenê decidiu intervir e o questionou por que ele estava tratando as pessoas de forma rude. Em seguida, o empresário teria percebido que o cliente estava armado e perguntou o que ele faria com a faca.
Nesse momento, o acusado desferiu o primeiro golpe no pescoço da vítima, de acordo com o MPSP. Com a vítima caída no chão, o acusado teria desferido mais um golpe, dessa vez, nas costas. Nenê morreu no local.
O acusado tentou fugir, mas foi impedido por outros frequentadores do bar. As testemunhas conseguiram desarmá-lo e detê-lo até a chegada da Polícia Militar.
Denúncia
Diego está preso preventivamente e deve responder por homicídio qualificado por motivo fútil e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Para o MPSP, o acusado matou Nenê “por não ter gostado de ter sido questionado sobre seu comportamento”, o que revelaria “manifesta desproporção entre o motivo e a conduta do denunciado” e “inequívoco menosprezo à vida humana”.
“Ainda, o denunciado matou Carlos mediante recurso que dificultou a defesa do ofendido, pois colheu-o de surpresa, estando ele desarmado e não podendo imaginar que seria alvo de um golpe de arma branca”, diz a denúncia.
Já a defesa pediu a revogação da prisão preventiva de Diego. O argumento é que o acusado é réu primário, tem endereço fixo, tem um filho menor de idade e não colocaria em risco o andamento da investigação se for posto em liberdade.
Roqueiro e torcedor da Lusa
Nas redes sociais, vários amigos e frequentadores do bar lamentaram a morte e deixaram mensagens de apoio à mulher de Nenê, Luciana. “Infelizmente estava presente ontem. Não tenho palavras que cheguem aos pés de descrever o que foi e tá sendo e nem imagino a sua dor, Lu. Muita, muita, muita força!”, escreveu uma usuária do Instagram.
“Arrasado… Sem palavras… Uma das pessoas mais maravilhosas que conheci na minha vida … Você era especial Nenê…”, postou outro. “Um grande rockeiro e torcedor da Lusa. Que forma banal e cruel de se tirar a vida de um trabalhador dentro do seu bar que ele tanto amava”, acrescentou um terceiro.