MPSP denuncia dono de Porsche por homicídio triplamente qualificado
MPSP denunciou Igor Ferreira Sauceda, dono do Bar do Espeto, pelo homicídio por motivo fútil do motoboy Pedro Kaique após briga de trânsito
atualizado
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou o empresário Igor Ferreira Sauceda, sócio do Bar do Espeto, por homicídio triplamente qualificado após ele atropelar e matar, com um Porsche, o motoboy Pedro Kaique Ventura Figueiredo, no último dia 29, na zona sul de São Paulo.
Segundo manifestação da Promotoria, publicada por volta das 15h desta quinta-feira (1º/8), o empresário, que segue preso preventivamente, matou a vítima por motivo fútil, emprego de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa do motociclista.
Segundo Sauceda, a moto da vítima arrancou o retrovisor do Porsche, avaliado em cerca de meio milhão de reais, quando a perseguição começou.
A ação do empresário, segundo a promotora Renata Cristina de Oliveira Mayer, revela “brutalidade fora do comum, em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”.
A promotora afirma que o “motivo fútil” para o homicídio decorreu da irritação de Igor, provocada após a vítima “ter danificado o seu carro”.
Renata Cristina acrescenta que a o motoboy foi surpreendido ao ser atingida pelas costas “em alta velocidade”, resultando em “recurso que dificultou a defesa da vítima”.
Acidente fatal com o Porsche
O Porsche dirigido por Igor Sauceda perseguiu a motocicleta de Pedro Kaique em alta velocidade até colidir na parte traseira do veículo, fazendo com que o motoboy se chocasse contra um poste. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A colisão ocorreu na madrugada de segunda-feira (29/7) após uma discussão de trânsito depois que que a moto de Pedro Kaique arrancou o retrovisor do carro de luxo. Em seguida, houve uma perseguição por cerca de dois quilômetros. Os veículos se chocaram contra um poste e ficaram completamente destruídos.
Dolo eventual
Logo após a colisão, Igor Sauceda foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, pela delegada plantonista do 11º Distrito Policial. Naquele momento, a polícia não havia tido acesso às imagens das câmeras de segurança.
Após a divulgação dos vídeos, o delegado titular do caso, Edilzo Lima, do 48º Distrito Policial, mudou a tipificação para homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, e determinou a prisão em flagrante.
O empresário foi transferido nessa terça-feira (30/7) para o Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.