MPSP denuncia “corretor do PCC” que usava tio e primo como “laranjas”
Segundo o MPSP, o corretor teria comprado imóveis de luxo em Bertioga com o intuito de enriquecer o PCC, em nome dos parentes
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou três homens acusados de financiar o Primeiro Comando da Capital (PCC). Um deles é um corretor que teria comprado imóveis de luxo com o intuito de enriquecer a facção criminosa.
Os imóveis, segundo o Gaeco, estão localizados em um condomínio de luxo no município de Bertioga, litoral de SP. Os denunciados poderão responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, o corretor tem ligação com a morte de um antigo comparsa. A partir das investigações sobre o homicídio, foi descoberto que o corretor agiu intermediando negociações e adotou expedientes fraudulentos para ocultar dinheiro do PCC, obtido de maneira ilícita.
O MPSP informou que o corretor teria usado um primo e um tio, de reconhecida incapacidade econômica, como “laranjas”. Os dois parentes também foram denunciados. Os nomes deles figuravam na escritura como compradores dos imóveis, “dissimulando-se a real propriedade dos mesmos e permitindo a ocultação do patrimônio.”
Para o Gaeco, o corretor “promoveu a rentabilidade e o incremento patrimonial da organização criminosa, mediante investimentos em imóveis de luxo que acarretaram inegável ganho financeiro e proveito econômico à organização criminosa”.