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MPSP apura possível racha na cúpula do PCC após expulsão de 3 membros

Segundo o MPSP, integrantes do PCC conhecidos como Tiriça, Abel e Andinho se uniram contra Marcola, jurando-o de morte, e foram expulsos

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Roberto Soriano, um dos integrantes expulsos do PCC: MPSP investiga caso - Metrópoles
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São Paulo – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apura um possível racha entre as lideranças do PCC, uma das maiores facções criminosas do país. Em mensagem interceptada pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), supostos membros da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC) comunicam a expulsão de três membros do alto escalão da organização: Roberto Soriano, o Tiriça (foto em destaque); Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka; e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.

“Estamos excluindo e decretando o Tiriça, Abel e Andinho. Motivo da exclusão: calúnia e traição”, decretam os autores do texto de 15 de fevereiro.

A mensagem interceptada pelo Gaeco é assinada por S.F., possível alusão ao termo Sintonia Fina, que o PCC usa para designar os membros responsáveis por coordenar as ações internas e os comunicados aos seus membros – órgãos públicos também já empregaram o termo para batizar mais de uma operação contra a facção. Na linguagem do crime organizado, decretar significa uma sentença de morte.

A partir da mensagem, é possível compreender que a suposta expulsão de Tiriça, Abel e Andinho teve origem na divulgação de áudios contendo trechos de uma conversa entre o mais conhecido líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e policiais penais federais.

O trecho em que Marcola classifica o segundo homem no comando da facção criminosa como um “psicopata” foi usado no julgamento que, em agosto de 2023, resultou na condenação de Tiriça a 31 anos e 6 meses de prisão por ordenar o assassinato da psicóloga Melissa Almeida, de 37 anos.

Quando Melissa foi morta, em maio de 2017, Tiriça cumpria pena na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná, onde a psicóloga trabalhava. Atualmente, ele está detido na unidade federal de segurança máxima de Brasília.

Já a conversa de Marcola com os agentes penais teria sido gravada na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Atualmente, Marcola cumpre pena no presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte — de onde, no último dia 14, dois presos conseguiram fugir.

Foi a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal criado em 2006 e coordenado pela (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.

“A promotoria pegou esse áudio e criou um cenário falando o que bem entendiam”, informa a mensagem, afirmando que a gravação e o vazamento da fala de Marcola sobre Soriano foi uma estratégia para “criar um racha dentro da organização”.

Segundo o MPSP, expulsos da facção e jurados de morte, Tiriça, Abel e Andinho se uniram contra Marcola, jurando-o de morte.

Com Agência Brasil

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