metropoles.com

MPF cobra Prefeitura de SP sobre suspensão de aborto legal em hospital

Serviço de aborto legal foi suspenso no Hospital Vila Nova Cachoeirinha em dezembro; MPF cobrou esclarecimentos da Prefeitura de SP

atualizado

Compartilhar notícia

WikiCommons
Imagem colorida mostra fachada do Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, referência na realização de aborto legal em São Paulo; Prefeitura suspendeu procedimento e Justiça mandou retomar o atendimento - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra fachada do Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, referência na realização de aborto legal em São Paulo; Prefeitura suspendeu procedimento e Justiça mandou retomar o atendimento - Metrópoles - Foto: WikiCommons

São Paulo — O Ministério Público Federal (MPF) cobrou esclarecimentos da Prefeitura de São Paulo sobre a suspensão de atendimentos para aborto legal no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da capital paulista.

A unidade de saúde é uma das principais a realizar o procedimento, que a legislação brasileira autoriza em casos de gravidez por estupro, anencefalia do feto ou risco à vida da gestante. O MPF quer saber os motivos que levaram a administração municipal a suspender esse serviço e mantê-lo indisponível no hospital desde o mês passado.

O órgão deu o prazo de dez dias, a partir de quinta-feira (11/1), para que a Prefeitura explique por que o serviço foi desativado. A solicitação foi enviada à Secretaria Municipal da Saúde.

O MPF também solicitou informações de outras quatro unidades de saúde da cidade sobre a realização de abortos legais. O órgão quer saber se os hospitais municipais do Tatuapé, do Campo Limpo, do Jardim Sarah e Tide Setúbal têm efetuado o procedimento, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação.

“A suspensão dos procedimentos no Hospital Vila Nova Cachoeirinha tem causado transtornos a mulheres que se enquadram nos casos legalmente autorizados para aborto. A unidade [de Cachoerinha] é referência na realização do serviço, principalmente para pessoas com mais de 22 semanas de gravidez. A legislação brasileira não fixa nenhum limite temporal de desenvolvimento do feto para que gestantes que tenham direito ao aborto procurem os serviços de saúde e sejam atendidas”, afirma o MPF.

O que diz a Prefeitura

Questionada, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a secretaria não foi notificada pelo MPF até o momento, mas que “está à disposição do órgão para prestar todos os esclarecimentos necessários”.

A administração municipal disse que a pasta reorganizou a rede hospitalar para a realização de abortos legais.

“O Hospital e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha deixou de fazer o procedimento, em dezembro, para que sejam realizados no local mutirões de cirurgia, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária”.

Segundo a Prefeitura, a reorganização “não prejudica o acesso ao aborto nos casos previstos em lei, já que o procedimento segue sendo feito em outros quatro hospitais da rede municipal”, que são os citados no requerimento do MPF.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?