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MP denuncia policiais “Bolsonaro” e “Xixo” por propina do tráfico

Agentes “Xixo” e “Bolsonaro”, do Denarc, são os principais denunciados da Operação Face Off. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina

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Reprodução/ MPSP
Agentes "Xixo" e "Bolsonaro", do Denarc, são os principais denunciados da operação Face Off. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina - Metrópoles
1 de 1 Agentes "Xixo" e "Bolsonaro", do Denarc, são os principais denunciados da operação Face Off. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina - Metrópoles - Foto: Reprodução/ MPSP

São Paulo  Nesta sexta-feira (20/9), o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou 20 pessoas na Operação Face Off, que quer reprimir crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro. Os principais denunciados são Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”, e Valmir Pinheiro, o “Bolsonaro”, do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que teriam recebido R$ 800 mil em propina para arquivar investigação de tráfico.

O esquema, realizado por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), envolve narcotraficantes internacionais e policiais civis. Com a operação, o MPSP quer que os indiciados sejam condenados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, usura e lavagem de dinheiro.

A Polícia Federal apurou que dois narcotraficantes, vinculados a uma organização criminosa responsável pelo envio de cargas de cocaína ao exterior, pagaram propina a investigadores da Polícia Civil de São Paulo em novembro de 2020, seguindo-se outros pagamentos mensais, de valores ainda não determinados, ao menos até o primeiro semestre de 2021.

Segundo o MPSP, a Justiça expediu ordens de sequestro de imóveis e veículos e de bloqueio de valores nas contas bancárias dos acusados, totalizando mais de R$ 15 milhões. O órgão acrescenta que quatro dos 20 denunciados já estão cumprindo prisão provisória.

De acordo com o Estadão, os principais acusados, além de “Xixo” e “Bolsonaro”, são Rivaldo Alves do Rosário (responsável pelas operações de lavagem de dinheiro), Paloma Pina de Almeida (filha de “Xixo” que ajudava na ocultação e movimentação do dinheiro obtido ilegalmente), João Carlos Camisa Nova Júnior e André Roberto da Silva (que teriam pagado a propina), além de Erick Silva Dionísio e Daniel Matarese Varea (advogados que intermediaram as negociações).

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