MP denuncia monitor de clínica clandestina que matou paciente em SP
MP denunciou Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, acusado de torturar e matar Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, em Cotia (SP)
atualizado
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São Paulo — O Ministério Público ofereceu denúncia nesse domingo (28/7) contra Matheus de Camargo Pinto, de 24 anos, funcionário de clínica terapêutica para usuários de drogas, acusado de torturar e matar um dos pacientes no local. A Justiça vai analisar o recebimento da denúncia.
Em 8 de julho, Matheus foi preso em flagrante após torturar e espancar até a morte Jarmo Celestino de Santana, de 55 anos, em Cotia, na Grande São Paulo.
A prisão preventiva foi decretada após a polícia ter acesso a um vídeo (veja abaixo) feito pelo próprio denunciado, no qual a vítima aparece amarrada em uma cadeira. Matheus também gravou um áudio, compartilhado em redes sociais, no qual afirma ter espancado Jarmo até a mão doer (ouça abaixo).
“O áudio foi um dos indicativos [para a prisão], mostrando que ele [Matheus] realmente torturou o rapaz, bateu muito nele. Que a intenção era lesionar mesmo, enfim”, afirmou Adair Marques, delegado de Cotia.
O enfermeiro Cleber Fabiano da Silva, 48, é investigado pelo suposto envolvimento no espancamento, da mesma forma que outros funcionários da Comunidade Terapêutica Efatá.
A defesa dele e de Matheus não foram localizadas. O espaço segue aberto para manifestações.
Ouça o áudio
O delegado Adair Marques afirmou ao Metrópoles que a vítima foi espancada e, após passar mal, encaminhada para o Pronto Socorro de Vargem Grande Paulista, onde morreu.
O delegado afirmou que Jarmo deu entrada na clínica na noite de sexta-feira (5), quando profissionais do local foram buscá-lo em casa.
Familiares acionaram a instituição alegando que Jarmo “estava surtado” na residência onde mora com a mãe, uma idosa. A agressividade ocorria por causa da dependência química do homem. Essa foi a última ocasião em que a família viu a vítima com vida.
A tortura e agressões ocorreram no intervalo de sexta (5/7) para domingo (7/7), como mostram as investigações da Polícia Civil.
Veja o vídeo