Motoristas de ônibus marcam greve para o dia 7 de junho em SP
Categoria reivindica reajuste salarial de 3,69%, e mais 5% de aumento real; paralisação deve durar 24 horas
atualizado
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São Paulo – Os motoristas de ônibus de São Paulo aprovaram indicativo de greve para a próxima sexta-feira (7/6). A categoria tomou a decisão na tarde desta segunda-feira (3/6) durante uma assembleia em frente à sede da Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, centro da capital paulista. A paralisação deve começar à meia-noite e durar 24 horas.
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 3,69%, além de 5% de aumento real e mais 2,46% para a reposição das perdas salariais durante a pandemia. O grupo também pede participação nos lucros das companhias.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano, as empresas ofereceram 2,77% nas reuniões de negociação, percentual que foi rechaçado pelo grupo.
Em entrevista à TV Bandeirantes, o representante do sindicato, Nailton Francisco, afirmou que se as negociações avançarem até a próxima sexta a paralisação poderá ser cancelada.
Em nota, a SPUrbanuss, que representa as empresas de ônibus, afirmou que as negociações entre o sindicato patronal e o sindicato dos operadores ainda não foram encerradas.
“Assim, é totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico, que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos”, diz o texto.
Questionada pelo Metrópoles, a Prefeitura de São Paulo afirmou que defende o direito à livre manifestação democrática “desde que a legislação seja rigorosamente cumprida, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico para reduzir o impacto junto à população”.
“O Município reforça a necessidade de atendimento aos 7 milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM estará de prontidão para eventuais ocorrências”, diz a nota da gestão Ricardo Nunes (MDB).
“A administração municipal espera que os representantes da categoria e dos empresários encontrem um ponto em comum na campanha salarial sem prejuízo aos passageiros”, termina o texto.