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Motorista de coronel: TJSP mantém PM preso por tráfico na Cracolândia

TJPSP negou liberdade para o soldado da PM Geovany Jorge Alves da Silva Júnior, acusado de tráfico de drogas na Cracolândia

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Imagem colorida de policial militar preso acusado de vender entorpecentes na Cracolândia. Ele é um homem pardo, de cabelo curto e está de uniforme - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de policial militar preso acusado de vender entorpecentes na Cracolândia. Ele é um homem pardo, de cabelo curto e está de uniforme - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – A Justiça de São Paulo decidiu nesta sexta-feira (22/9) que o soldado da Polícia Militar Geovany Jorge Alves da Silva Júnior, 37 anos, acusado de vender drogas na Cracolândia, deve ficar na cadeia.

O soldado da PM era lotado no 13º Batalhão da PM, unidade responsável por patrulhar a região da Cracolândia, onde trabalhava como motorista do comandante. Ele foi preso em flagrante no dia 17 de agosto, com cinco tijolos de maconha e 1,5 mil euros (R$ 8 mil).

A droga estava escondida em uma oficina mecânica na Alameda Dino Bueno, no centro da capital paulista. O dono do estabelecimento também foi detido.

No processo, a defesa alega não haver indícios de autoria contra o soldado Geovany , motivo pelo qual pediu para que o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) revogasse a sua prisão preventiva.

Prisão

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi contra a soltura do PM. “Está sendo imputado aos denunciados crime doloso de tráfico de drogas, equiparado a hediondo, e que possui pena máxima superior a 4 anos”, afirmou o promotor Filipe de Melo Euzébio, nos autos.

“Os denunciados foram presos na posse de um total de cinco tijolos contendo 3,210 kg de maconha, quantidade enorme, que não se dá às mãos de traficantes eventuais e isolados, mas sim a pessoas que estejam articuladas com rede de crime organizado que mantém e abastece pontos de venda de entorpecentes na cidade, o que indica maior gravidade na conduta dos denunciados.”

Nesta sexta, a juíza Camila Rodrigues Pinheiros Nunes, da 23ª Vara Criminal, rejeitou o recurso da defesa, deu razão à promotoria e manteve o PM na cadeia. A decisão foi obtida pelo Metrópoles.

“O acusado é policial militar e poderia, diante da posição que ocupa, coagir testemunhas, destruir provas e até mesmo atrapalhar o desenvolvimento das diligências ainda em andamento”, escreveu a magistrada.

Tráfico de drogas

Em agosto, policiais militares que atuam na Cracolândia receberam a informação sobre o esquema de tráfico na oficina. No local, os PMs encontraram grande quantidade de maconha e prenderam Rafael Barbosa Lopes Santos de Jesus, 31, o dono do estabelecimento, em flagrante. Questionado informalmente, o suspeito teria dito que a droga era levada para lá pelo soldado Geovany.

“Curiosamente, o acusado (Geovany) passou exatamente na frente do local da apreensão (oficina mecânica), enquanto a operação ainda ocorria no local, a bordo de sua viatura de trabalho, em horário de serviço”, registrou a juíza Camila Rodrigues Pinheiros Nunes, ao manter a prisão do policial.

Os agentes que realizavam a ação decidiram acionar a Corregedoria da PM. Ao averiguar o soldado Geovany, os policiais encontraram o dinheiro escondido na viatura, sem comprovação de origem.

Na ocasião, o soldado alegou que a quantia era de um primo, sem informar qual seria o nome ou qualificação desse parente. “Levantando ainda mais suspeitas quanto à circunstância e origem do dinheiro encontrado”, registrou a magistrada.

Após o caso, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) transferiu o tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho, então comandante do 13º Batalhão, para o CPA/M-10, que cuida da região de Santo Amaro, na zona sul da capital.

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