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Maioria dos mortos por dengue em SP era do interior e tinha mais de 70

Dados divulgados pela Secretaria da Saúde de São Paulo mostram perfil das vítimas que morreram com a doença desde o início do ano

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Foto de um mosquito Aedes aegypti em cima de uma pele humana- Metrópoles
1 de 1 Foto de um mosquito Aedes aegypti em cima de uma pele humana- Metrópoles - Foto: Joao Paulo Burini/ Getty Images

São Paulo – A maior parte das vítimas que morreram por causa da dengue em São Paulo neste ano tinha mais de 70 anos e morava no interior do estado. Os dados são da Secretaria da Saúde da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo a pasta, entre os 15 mortos com a doença até esta sexta-feira (16/2), apenas dois viviam na região metropolitana da capital paulista, sendo um da cidade de São Paulo e outro de Guarulhos.

O Vale do Paraíba concentra o maior número de mortes até o momento, com dois casos em Taubaté, dois em Pindamonhangaba e um em Tremembé.

As demais vítimas se espalham por outras regiões do interior paulista, com duas mortes nas cidades de Bebedouro, Marília e Pederneiras, e uma nos municípios de Bauru e Registro.

A idade das vítimas é outro fator que chama a atenção nos dados divulgados pela secretaria estadual da Saúde: 13 dos 15 mortos tinham mais de 70 anos.

Entre eles estavam seis pessoas com idades entre 70 e 79 anos e seis que tinham entre 80 e 89 anos. A pessoa mais idosa a perder a vida para a doença tinha 104 anos e vivia em Guarulhos, na Grande São Paulo. As outras duas vítimas da dengue tinham 30 anos.

O infectologista Jamal Suleiman, do Instituto Emílio Ribas, explica que a população idosa e com comorbidades, como o fato de já terem tido dengue antes, tem mais risco ao ser infectada pelo vírus da dengue.

“Os extremos de idade são os grupos mais vulneráveis para a evolução de formas graves”, afirma o médico. “Outro dado que pode colaborar [para a piora do quadro] é que os sinais de alarme para um indivíduo de mais idade às vezes são menos evidentes para quem é cuidador”, afirma o infectologista.

Por isso, diz ele, é importante ficar atento a qualquer mudança de comportamento em pessoas de idade avançada neste momento. A manifestação de sintomas como febre, dor de cabeça ou alterações gastrointestinais deve ser investigada por uma equipe de saúde.

Vacina

Apesar de ser o grupo mais vulnerável à forma grave da doença, a população com mais de 60 anos não poderá receber a vacina contra a dengue neste momento. Como mostrou o Metrópoles, o imunizante Qdenga não foi indicado para o grupo etário porque os estudos apresentados pela fabricante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não continham informações sobre segurança e eficácia para esse público.

Enquanto não há vacina segura para a imunização de pessoas com mais de 60 anos, o infectologista Jamal Suleiman lista dois cuidados adicionais que essa população deve ter para se proteger contra a dengue: repelente e usar camisa de manga comprida.

“Principalmente no começo da manhã e fim da tarde”, afirma o profissional, citando os horários em que o mosquito Aedes aegypti está mais ativo.

Sintomas da dengue

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

  • Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
  • Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
  • Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
  • Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
  • Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
  • Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Tratamento

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

  • Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
  • Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
  • Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
  • Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
  • Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Prevenção da dengue

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

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