Mortes por meningite dobram em SP; vacinação baixa prejudica prevenção
Com ocorrências da doença em alta, estado de SP registrou 448 mortes por meningite em 2022, aumento de 114% em relação a 2021
atualizado
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São Paulo – O número de mortes por meningite mais do que dobrou nas cidades paulistas em 2022. Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde, foram 448 óbitos no ano passado, ante 209 em 2021, um aumento de 114%.
As mortes acompanharam o crescimento do número de ocorrências da doença infecciosa, que subiram de 2,3 mil casos em 2021 para 5,1 mil no ano passado, alta de 123%, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (24/4) pela secretaria.
A tendência de alta permanece neste ano, quando já se registra um crescimento de 9%, segundo o governo. São 1.140 casos em 2023, ante 1.040 ocorrências no mesmo período do ano passado. Desde janeiro, a meningite causou 79 mortes neste ano.
A cobertura vacinal contra a infecção está baixa no estado de São Paulo. Para garantir a prevenção da meningite é necessário alcançar um patamar de 95%. No entanto, o índice de aplicação do imunizante meningocócica C em 2022 foi de 77% e, em 2021, foi ainda mais baixo: 74%.
“O mundo está acompanhando o retorno de doenças anteriormente erradicadas e, por este motivo, a política de prevenção de doenças será prioridade”, afirmou o secretário da Saúde, Eleuses Paiva. “É imprescindível mostrarmos para as pessoas que as doenças ainda existem e que a vacinação é o único caminho da política de prevenção”, completou Paiva.
A Secretaria da Saúde fez o alerta sobre o aumento de casos da infecção no Dia Mundial de Enfrentamento à Meningite, nesta segunda-feira. A vacina meningocócica C é oferecida nos postos conforme o Calendário Nacional de Vacinação, do Ministério da Saúde.
