metropoles.com

“Cheiro de rato morto”: mortes de mãe e filha chocam comunidade em SP

Moradores da Favela do Moinho relatam que casa onde mãe e filha foram encontradas mortas abraçadas estava há quatro dias com mau cheiro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Google Street View
homicidio mae e filha
1 de 1 homicidio mae e filha - Foto: Reprodução/Google Street View

São Paulo – Moradores de uma comunidade dos Campos Elíseos, conhecida como “Favela do Moinho”, no centro da capital paulista, ainda assimilam o crime registrado na vizinhança, na última segunda-feira (22/7). Mãe e filha foram encontradas mortas abraçadas dentro do banheiro da casa onde moravam.

As vítimas foram identificadas como Andreia Maria de Souza, de 42 anos, e Andreza Maria Mendes de Souza, de apenas 12. Os corpos foram encontrados por um homem responsável pela limpeza do local, em “avançado estágio de decomposição”, de acordo com o boletim de ocorrência.

“[A casa] estava com um cheiro muito forte, cheiro de rato morto, fazia uns quatro dias já. Foi quando entraram e viram [os corpos]. O pessoal aqui tá com medo. Moro há 25 anos aqui e nunca vi algo parecido. Todo mundo ficou chocado”, disse uma moradora ao Metrópoles, que não quis se identificar.

Andreia morava com a filha em uma residência alugada próximo ao Viaduto Engenheiro Orlando Murgel. O local concentra usuários de drogas e pessoas em situação de rua. Moradores contaram à reportagem que há tráfico na região.

Boletim de ocorrência

Em depoimento à polícia, a proprietária do imóvel afirmou que, há três meses, Andreia a procurou para alugar o local. Segundo a testemunha, a mulher decidiu se mudar após começar um relacionamento com um homem, identificado como Júnior – a mudança não teve apoio da mãe de Andreia, disse a dona da casa.

A testemunha ainda afirmou que, na última quinta-feira (18), percebeu que não via Andreia há algum tempo. No dia seguinte, questionou o namorado da mulher sobre seu paradeiro. O homem teria dito que a mulher estava com a filha, na casa da mãe. Depois dessa conversa, Junior não foi mais visto na casa nem na vizinhança.

Na segunda-feira (22), a dona da casa foi até o local e sentiu um cheiro ruim. Ao entrar na residência, viu o quarto de Andreza trancado com cadeado, e o quebrou com um martelo, de acordo com o boletim.

O imóvel estava muito sujo. A dona chamou um funcionário para limpar a casa e colocar os bens dentro de um saco. Quando entrou no banheiro, o rapaz da limpeza encontrou os corpos. Além disso, viu uma enxada dentro do quarto.

Uma equipe policial foi acionada e notou que uma das vítimas apresentava um buraco no crânio. A enxada encontrada pelo funcionário aparentava ter um “pouco de sangue”, diz o registro policial.

Namorado

O namorado está desaparecido desde então. No boletim, uma testemunha o descreveu como um homem branco, loiro, olhos castanhos claros, tatuado, magro e com cerca 1,70 metro.

Os vizinhos ouvidos pelo Metrópoles disseram que ele cometia pequenos delitos na região, como furtos e roubos. A informação não foi confirmada pela Polícia Civil.

O caso é investigado como homicídio pela 77° DP (Santa Cecília).

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?