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Mortes em decorrência de intervenção policial em 2024 já superam 2023

Segundo levantamento do MPSP, já foram 598 mortes a partir de atividades policiais em 2024. O dado já supera 2023 e 2022

atualizado

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foto colorida de Policiais militares de SP fardados lado a lado - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de Policiais militares de SP fardados lado a lado - Metrópoles - Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — O número de mortes em decorrência de intervenção policial em São Paulo registrado em 2024 já supera o dado estatístico de todo o 2023, mesmo faltando quase dois meses para o final deste ano.

Segundo levantamento do Ministério Público (MPSP), 598 pessoas já morreram a partir da atividade policial em 2024. O dado já é maior que os 542 registrados no ano anterior e os 477 anotados em 2022.

Das vítimas deste ano, 513 foram mortas por policiais em atividade, enquanto 85 perderam sua vida a partir da atuação de agentes de folga ou à paisana. Policiais militares estão envolvidos em 548 dessas ocorrências, enquanto a Polícia Civil participou de 25 das mortes.

O dia com mais registros de ocorrências deste tipo foram o dia 31 de janeiro e o dia 5 de agosto, com oito mortes em cada um deles.

Os dados analisam o recorte do dia 1 de janeiro até o dia 2 de outubro.

Em nota ao Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que as mortes em decorrência de intervenção policial são resultado da reação de suspeitos à ação da polícia. Ainda de acordo a pasta, os casos são “rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar” e acompanhado pelo MPSP e o Poder Judiciário.

A SSP diz que investe na capacitação e na melhoria de cursos dos agentes.

Farmacêutica morta por policial

Francisca Marcela da Silva Ribeiro, de 33 anos, morreu no domingo (6/10), após ser baleada nas costas por um policial militar à paisana durante um assalto no bairro Ipiranga, na zona sul de São Paulo.

A vítima estava com o noivo, Wilker Michel, em um posto de gasolina calibrando os pneus da moto. O casal estava a caminho do interior paulista, onde iriam tomar um café da manhã, e pararam no estabelecimento no início do trajeto. Lá, eles foram abordados por dois assaltantes, de 20 e 22 anos.

O noivo de Francisca afirmou que o casal já havia entregado os pertences de valor, quando um PM de folga presente no local começou a atirar contra os suspeitos e, depois, direcionou os tiros às vítimas do assalto.

Um dos tiros acertou a mulher. Ela foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Heliópolis, onde trabalha como farmacêutica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O agente será investigado após a abertura de inquérito policial militar (IPM) aberto para investigar o ocorrido.

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