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Morte de motociclistas no trânsito aumenta 20% em 2024 no estado de SP

Segundo Infosiga, 1.925 motociclistas morreram no trânsito em SP nos primeiros 9 meses de 2024, um aumento de 20,4% em relação a 2023

atualizado

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Pedro França/Agência Senado
Motociclista entre carros em uma rua
1 de 1 Motociclista entre carros em uma rua - Foto: Pedro França/Agência Senado

São Paulo — O estado de São Paulo registrou 1.925 mortes de motociclistas no trânsito entre janeiro e setembro de 2024, um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, foram 1.599 óbitos de motociclistas nos mesmos nove meses. Os dados foram divulgados nessa terça-feira (22/10) pelo Infosiga, o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo.

A marca indica que, em média, 7 motociclistas morrem por dia no estado paulista. Na capital, foram 355 mortes em 2024, em relação a 273 no mesmo período do ano passado. O aumento é ainda maior que o registrado no estado, de 30%.

No geral, considerando todos os acidentes de trânsito, 4.605 pessoas morreram no estado nos primeiros nove meses de 2024, um crescimento de 19% em relação ao mesmo período de 2023, quando 3.869 óbitos foram registrados.

Na cidade de São Paulo, foram 786 óbitos neste ano, em comparação com 638 registros em 2023 — uma alta de de 23%.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), informou que tem como principal iniciativa para reduzir a gravidade de acidentes entre motociclistas a Faixa Azul, uma sinalização exclusiva para motos. Segundo a CET, são mais de 200 km de sinalização instalados na capital para um trânsito mais seguro.

“Também foi proibida a circulação de motocicletas nas pistas expressas das marginais e implantadas mais de 700 frentes seguras, além de cursos de educação de trânsito gratuitos voltados para os motociclistas e motofretistas”, adiciona a nota.

Mais de mil óbitos entre pedestres

Outra marca que merece destaque é a da morte de pedestres no estado. Nos primeiros nove meses de 2024, 1.068 pedestres morreram no trânsito nos municípios paulistas, um aumento de 17,9% em relação a 2023, quando 906 óbitos foram registrados. Desse total, 1.049 foram atropelamentos.

Em outras palavras, cerca de 4 pedestres morrem diariamente no estado. Na capital, foram 291 casos, um crescimento de 57 mortes em relação a 2023, ou 24%.

Outro dado que supera mil registros é o de óbitos de motoristas de carros, chegando a 1.023 de janeiro a setembro de 2024. É um aumento de 16,9% em relação a 2023, quando 875 ocupantes de veículos morreram em acidentes.

Na capital, 83 motoristas morreram no trânsito neste ano, o que representa uma baixa de 2,3% em relação ao ano passado, quando 85 óbitos foram registrados.

Ao todo, 317 ciclistas morreram no trânsito em 2024, contra 269 em 2023 — uma alta de 17,8%. Em São Paulo, foram 33 ciclistas mortos, contra um aumento de 7 mortes, ou 27%.

O que diz o Detran

Em nota enviada ao Metrópoles, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) informou que trabalha para aumentar a segurança viária, por meio da educação da população, fiscalização e criação de políticas públicas.

Em setembro, nas operações pela conscientização do respeito às leis de trânsito e contra alcoolemia, o Detran-SP fiscalizou 54.737 veículos, durante 71 operações no estado. Em agosto, foram 42.862 veículos fiscalizados, em 57 operações. Segundo o departamento, se comparados os períodos de janeiro a setembro de 2023 e 2024, o crescimento é de 78% no número de motoristas fiscalizados neste ano.

“Para a efetiva redução de sinistros e óbitos no trânsito, é fundamental a participação de cada cidadão – seja ele pedestre, ciclista, motociclista ou motorista – na observação à legislação e priorização da vida nas vias paulistas”, diz a nota.

O Detran-SP ainda destaca que, desde o início de 2023, realizou 15 campanhas educativas. Uma das mais recentes é sobre o respeito à faixa de pedestres e à maior civilidade na convivência nas ruas. Outro ponto importante é o desenvolvimento do Sistema Estadual de Trânsito (Sistran), para fomentar a organização do trânsito e as iniciativas de segurança viária nos municípios.

Também via nota, a CET destacou que principal causa de sinistros de trânsito é o desrespeito à sinalização e às leis de trânsito pelos motoristas. Dentre as infrações, a que gera consequência mais grave é o excesso de velocidade.

Em 2023, de acordo com a companhia, foram destinados R$ 54,1 milhões para atividades de educação no trânsito, um aumento de 30% em relação ao ano anterior. Entre as medidas adotadas estão a organização de eventos educativos, qualificação e treinamento para profissionais dos órgãos de trânsito e desenvolvimento contínuo de estudos e pesquisas. Desde 2021, foram aplicados em educação de trânsito R$ 185 milhões.

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