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Moraes dá 10 dias para Tarcísio explicar lei de escola cívico-militar

Prazo foi estipulado após o PT alegar “risco à ordem democrática” e pedir a suspensão cautelar da lei ao STF; Moraes é relator do caso

atualizado

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Gustavo Moreno/SCO/STF
Alexandre de Moraes
1 de 1 Alexandre de Moraes - Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF

São Paulo — O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu dez dias para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) se explicarem sobre a lei que criou o programa escola cívico-militar no estado.

O prazo foi estipulado após o Partido dos Trabalhadores (PT) acionar o STF e solicitar a suspensão cautelar da lei, alegando que as consequências políticas do programa “põem em risco a ordem democrática”. Moraes é o relator da ação protocolada pelo PT.

O ministro determinou ainda que os autos sejam enviados, na sequência, ao Advogado-Geral da União Jorge Messias e ao Procurador-Geral da República Paulo Gonet, que terão cinco dias para se manifestar.

Esta é a segunda ação que o STF recebe sobre as escolas cívico-militares de São Paulo. Antes do PT, o PSol também pediu que a lei sancionada por Tarcísio seja declarada inconstitucional afirmando que o governo estadual não tem competência para legislar sobre modelos educacionais.

O governo paulista pediu a rejeição da ação do PSol, negando que o programa seja inconstitucional. Em suas argumentações ao STF, a gestão Tarcísio disse que o papel do monitor militar não se confunde com o do professor.

“Por meio da atuação dos monitores policiais militares, o programa objetiva garantir o desenvolvimento do ambiente escolar adequado que promova a melhoria do processo de ensino-aprendizagem e atue no enfrentamento da violência, além de promover a cultura da paz no ambiente escolar”, disse o governo ao Supremo.

Como mostrou o Metrópoles nesta segunda-feira (24/6), o programa de escolas cívico-militares de Tarcísio prevê que policiais militares ensinem os alunos sobre o que são os Três Poderes e as diferenças entre os papéis do presidente, dos deputados e dos ministros do STF.

A gestão paulista elencou esse tema entre os conteúdos integrantes da atividade extracurricular “Projeto Valores”, a ser ministrada semanalmente pelos militares nas escolas que aderirem ao modelo a partir de 2025.

A atividade será oferecida para as turmas no contraturno escolar, durante duas horas, e abrangerá temas ligados “à ética e ao civismo”. Além de ensinar sobre a estrutura e o funcionamento dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os policiais deverão abordar com os alunos conteúdos sobre “valores cidadãos”, “habilidades para o exercício da cidadania” e “direitos e deveres do cidadão”.

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