Moradora de rua nega “programa” de R$ 10 e afirma ter sido estuprada
Moradora de rua negou versão de homem que aparece em vídeo; ele havia dito que pagou R$ 10 por suposto programa e que houve consentimento
atualizado
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São Paulo — A moradora de rua que aparece em um vídeo sendo alvo de um suposto estupro em Santos, no litoral de São Paulo, prestou depoimento à Polícia Civil nessa quinta-feira (10/5) e disse que não consentiu com o ato sexual, ao contrário do que afirmou o homem que aparece nas imagens. No dia anterior, ele disse, em depoimento, que a mulher teria concordado em realizar um “programa” por R$ 10.
De acordo com a autoridades da Polícia Civil de Santos, a moradora de rua, que teve a identidade preservada, disse que foi segurada à força pelo suspeito e violentada sexualmente. A mulher diz que não houve penetração.
No vídeo, feito por uma testemunha que assistia à cena de um prédio em frente ao local, é possível ver a mulher dormindo na calçada enquanto o homem se aproxima e começa a acariciá-la. Ele monta uma espécie de “cabana” com papelões e a tampa de uma lata de lixo e dá continuidade aos supostos abusos. Na sequência, a mulher se levanta e sai cambaleando.
Assista:
Ao prestar depoimento na última quarta-feira, o suspeito, de 36 anos, disse que estava alcoolizado no momento registrado pelo vídeo e que também havia usado um pino de cocaína.
Ele afirmou, ainda, que a mulher havia proposto o valor inicial de R$ 20 pelo suposto programa. Como o homem só tinha R$ 10, ela teria concordado em receber os outros R$ 10 posteriormente. O suspeito ainda teria dado um lanche para a moradora de rua, pois ela havia dito que estava com fome.
Duas testemunhas também foram ouvidas. Após prestar depoimento, o suspeito foi liberado. Se ficar comprovado que não houve consentimento, o caso deve ser tipificado como estupro de vulnerável. Do contrário, ele seria indiciado por ato obsceno ou importunação sexual.