metropoles.com

Ministro do STJ contrariou interesses de empresa que cobra filha na Justiça

Ministro Marco Buzzi (STJ) negou em três casos pedidos de empresa que acusa a sua filha de receber honorários sem prestar serviço

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
STJ/Divulgação
Imagem colorida do Ministro do STJ Marco Buzzi - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do Ministro do STJ Marco Buzzi - Metrópoles - Foto: STJ/Divulgação

O ministro Marco Buzzi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), contrariou, em três julgamentos na Corte, os interesses da família que controla a Indústria de Mineração e Construção Brasil, empresa que acionou a Justiça do Distrito Federal para cobrar da filha dele a devolução de R$ 1,1 milhão supostamente pagos por uma “consultoria jurídica” que não teria sido prestada por ela.

A construtora afirma que contratou a advogada Catarina Buzzi, em novembro do ano passado, para atuar em uma ação na Justiça Federal em Minas Gerais, com valor de causa de R$ 6,3 milhões. Empresas da mesma família dona da construtora têm diversos processos no STJ. Pelo menos três desses processos no tribunal foram para julgamento na Quarta Turma, da qual o ministro Marco Buzzi faz parte.

Em duas das causas, de 2022 e 2023, o ministro, pai de Catarina, votou contra os recursos impetrados pela construtora. Um deles envolve uma disputa por um contrato milionário de venda de imóvel.

No terceiro processo, no qual a ex-mulher do dono da empresa briga contra a penhora de um imóvel, Marco Buzzi é o relator e também negou o recurso ao STJ. Depois, votou contra o mesmo requerimento em julgamento no qual foi acompanhado por unanimidade.

Embora não haja nada que desabone o ministro Marco Buzzi, a defesa pediu recentemente, nesse terceiro processo, a suspeição dele em razão do processo de cobrança que move contra a filha do magistrado. Em nota enviada ao Metrópoles, Catarina Buzzi afirma que “nunca advogou para a empresa”.

Também em nota enviada ao Metrópoles, a assessoria de imprensa do STJ afirma que “os recursos apresentados pela empresa foram negados, o que afasta, por completo, eventual suposição de favorecimento da parte”.

A nota acrescenta, ainda, que o processo movido pela ex-mulher do dono da empresa, do qual o ministro é relator, “teve o mérito julgado em colegiado em outubro de 2022, com decisão também desfavorável aos seus interesses”.

Por fim, a assessoria do STJ afirma que o pedido de suspeição do ministro Marco Buzzi “chegou ao gabinete apenas na tarde de hoje, e será oportunamente analisado pelo ministro”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?