Ministro da Educação repudia “punhetaço” e cobra punição de alunos
Ministro Camilo Santana afirmou que somente a expulsão não basta e exigiu que estudantes sejam responsabilizados legalmente pelo episódio
atualizado
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São Paulo – O ministro da Educação, Camilo Santana, repudiou, nesta terça-feira (19/9), durante participação no congresso da Associação dos Jornalistas de Educação (Jeduca), em São Paulo, a atitude de estudantes de medicina que praticaram o que vem sendo chamado nas redes sociais de “punhetaço”. Em um vídeo que viralizou, eles aparecem nus, com a mão no pênis, durante uma partida de vôlei feminino.
Santana classificou o gesto como “inaceitável” e disse estar aguardando um posicionamento oficial da Universidade Santo Amaro (Unisa), instituição à qual os estudantes eram vinculados – nessa segunda-feira (18/9), após a repercussão do caso, a Unisa informou que seis alunos foram identificados e expulsos.
“Não só importante a expulsão, mas também que os alunos possam responder legalmente aos fatos ocorridos. Não podemos imaginar um jovem estudante de medicina com esse tipo de atitude”, disse o ministro.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a Unisa e a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, cidade onde ocorreu o evento, serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre o “punhetaço” promovido pelos alunos de medicina. Um inquérito foi aberto na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos.
O episódio ocorreu entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, mas os vídeos só viralizaram no último fim de semana. A situação provocou revolta nas redes sociais.
Em outro evento esportivo, o Intermed, realizado entre 7 e 10 de setembro, em Bauru, estudantes da Unisa deram uma espécie de “volta olímpica” com as calças arriadas e o pênis para fora. As imagens também viralizaram durante o fim de semana.
Essa seria uma tradição dos jogos universitários, segundo os alunos. A “volta olímpica” costuma acontecer durante a abertura do evento.
Estudantes negam “punhetaço”
Alunos de medicina da Unisa que estavam presentes no ginásio Milton Olaio Filho, em São Carlos, onde o vídeo foi gravado, negaram que tenham praticado masturbação coletiva.
Eles disseram ao Metrópoles que o gesto de abaixar as calças e mostrar o pênis teria sido uma resposta a provocações feitas pela torcida adversária. Segundo eles, estudantes de medicina da São Camilo exibiram as nádegas durante a partida (veja abaixo).
“São Camilo estava mostrando a bunda para a gente o jogo inteiro, moleques e meninas (veja abaixo). Então os caras falaram para os calouros: ‘Estão mostrando a bunda? Vamos mostrar o pau’. Foi uma resposta natural. Ninguém bateu punheta, ninguém fez nada”, diz um aluno da Unisa que pediu para não ser identificado.