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Ministério das Mulheres repudia “punhetaço” de estudantes de medicina

Em postagem na rede social X (antigo Twitter), pasta diz que masturbação coletiva, apelidada de “punhetaço”, “jamais pode ser normalizada”

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Imagem colorida mostra estudantes de medicina de universidades de São Paulo se masturbando, o que foi chamado de "punhetaço" - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra estudantes de medicina de universidades de São Paulo se masturbando, o que foi chamado de "punhetaço" - Metrópoles - Foto: Reprodução

São Paulo – O Ministério das Mulheres divulgou uma nota de repúdio nesta segunda-feira (18/9) ao ato de masturbação coletiva realizado por estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro durante partida de vôlei feminino em um torneio universitário. Os vídeos do episódio, apelidado de “punhetaço”, viralizaram durante o final de semana.

O incidente ocorreu em maio deste ano, durante a Copa Calo, realizada em São Carlos, no interior de São Paulo.

Em seu perfil oficial na rede social X (antigo Twitter), o Ministério das Mulheres afirmou que a atitude “jamais pode ser normalizada”.

“Romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero. Atitudes como a dos alunos de medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas”, diz a pasta.

 

O Ministério das Mulheres disse ainda que está compromissado com o combate a práticas que as universidades sejam lugares seguros e livres de violência.

“Em parceria com o Ministério da Educação, o Ministério das Mulheres reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”, afirma o ministério na postagem.

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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem "volta olímpica" durante jogo de vôlei feminino
Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
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“Universo à parte”

Estudantes de medicina da Universidade Santo Amaro ouvidos pelo Metrópoles afirmam que a prática é considerada “normal” em eventos universitários.

“Tava todo mundo zoando. Não tem nada a ver com bater punheta. A ideia era mostrar o pau para a torcida rival, isso é normal em jogos de medicina. Jogo de medicina é como se fosse um outro universo. A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí”, afirma um aluno ouvido pelo site.

Durante o Intermed, realizado entre 7 e 10 de setembro, em Bauru, estudantes da Unisa deram uma espécie de “volta olímpica” com as calças arriadas e pênis de fora. As imagens também viralizaram durante o final de semana.

Essa, dizem os alunos, seria uma tradição dos jogos. A “volta olímpica” costuma acontecer durante a abertura do evento.

Em nota, a Universidade São Camilo confirmou que a Atlética do curso de medicina participou do torneio Calomed, ocorrido entre abril e maio em São Carlos. Na ocasião, as estudantes da universidade disputaram um jogo contra a equipe da Unisa.

“Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”, diz a nota.

A instituição informou, ainda, que nenhuma aluna da faculdade registrou ocorrência por atentado ao pudor.

Em nota de esclarecimento nas redes sociais, a Associação Atlética Acadêmica José Douglas Dallora, do curso de medicina da Universidade Santo Amaro, informou que as imagens que viralizaram “não representam os princípios e valores” da entidade.

“Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório”, diz a nota. A Atlética reiterou o “compromisso exclusivo com o esporte e seu incentivo dentro do ambiente acadêmico”.

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